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Jornal Diário de Suzano - 01/05/2024
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Coluna

Transição Nutricional no Brasil

01 setembro 2022 - 05h00

Caro leitor, hoje iremos abordar um assunto de extrema relevância e que tem preocupado especialistas em todo o mundo. 
Trataremos sobre a transição nutricional que tem ocorrido nas últimas décadas, principalmente nos países em desenvolvimento como o nosso.
Durante o ciclo de vida de qualquer pessoa, os pilares que servem de alicerce para a manutenção da saúde baseiam-se em uma alimentação adequada, manutenção da atividade física, menor tempo de tela (televisões, celulares, tablets, computadores etc.) e sono adequado. Sabendo disso, o balanço adequado destes pilares trarão não somente o bem-estar a qualquer pessoa, seja ela criança ou adulto, como também auxiliará na prevenção de doenças crônicas, como a obesidade, problemas cardio e cerebrovasculares, diabetes e câncer.
Nas últimas décadas temos evidenciado um verdadeiro antagonismo. Nas décadas de 70, 80 e até meados dos anos 90, ainda observávamos em nosso país muitos casos de desnutrição, totalmente o oposto do que temos presenciado nos últimos anos: um aumento expressivo e considerável de crianças e adultos com sobrepeso e obesidade e uma baixa prevalência de desnutridos.
Essa migração de estado de saúde tem como característica básica o aumento da presença e o consumo de alguns tipos de alimentos e nutrientes na dieta do brasileiro, tais como os açúcares em grande quantidade desde a primeira infância, gorduras e alimentos refinados e ultraprocessados, além de uma redução acentuada no consumo de fibras, legumes, verduras, frutas e carboidratos complexos. 
Notamos também uma busca constante pela quantidade e não pela qualidade dos alimentos, estando diariamente nas mesas dos brasileiros alimentos de alto valor energético e baixa qualidade nutricional.
Associam-se a todos estes erros alimentares, uma verdadeira redução nos índices de atividade física, aumento do sedentarismo, aumento do tempo de uso de aparelhos tecnológicos e uma redução gradual na qualidade do sono.
Diversas são as medidas de esforço que as Sociedade Médicas Brasileiras e o Ministério da Saúde do Brasil têm buscado na tentativa de equilibrar essa balança, seja por meio de inquéritos alimentares, cartilhas e manuais de nutrição, incentivo ao exercício físico e incentivo à busca por profissionais capacitados, porém, a conscientização precisa vir também de dentro de casa.
É possível alimentar-se bem com limitações econômicas. É possível realizar atividades físicas diárias, mesmo que por curto espaço de tempo, sem elevados custos. É possível também diminuir o tempo de uso de aparelhos eletrônicos e, é possível também, adequar-se a algumas boas horas de sono noturno. 
Para tudo isso, basta que haja um comprometimento pessoal e familiar, a fim de que tenhamos uma qualidade de vida melhor.