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Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
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Coluna

Democracia ou ...

20 março 2021 - 05h00
Entendo que a Democracia sempre esteve sob ameaças. Mas os estudiosos da área, especialmente nos últimos anos, tem insistido que as ameaças atuais são intensas e constantes. E destacam que a pandemia da atualidade, atacando a todos, mais ainda a ofereceu aos cortes. E não se trata de algo especial só Brasil, esse entendimento está sendo considerado por todo o mundo.
Observe-se, por exemplo, o caso do governo de Donald Trump, que foi um demonstrativo, talvez até exibicionista, de que a Democracia estava sob ataques persistentes. O que se via era a proposta de uma alteração radical da Democracia americana. O último instante, a invasão do Capitólio, abria uma chance de se chegar a um outro mundo, de imposições.
Aqueles fatos foram, estão sendo superados? Mas aquele não foi o único caso, com certeza. Hoje temos pontos identificadores de países nada democráticos, mesmo na União Europeia. Por que ainda permanecem nesse conglomerado? Isso alarga o entendimento de autoritarismo bem além da África, tanto antes quanto pós Sahara, como também da Ásia. E com essa visualização de países “autoritários” vamos bem além da China e seus parceiros de origem dita “comunista”. Como sabemos que radicais se utilizam de “bases” pretensamente religiosas para justificarem suas condutas aterrorizantes. E como não percebê-los até mesmo na nossa América Latina, como na Venezuela e na Nicarágua?
E, será que podemos fingir não perceber que muitos brasileiros, expõem-se nas ruas com faixas clamando por “intervenções militares” em todos os Poderes? Claro que sabemos que a Democracia a tudo isso permite. Não seria permitida qualquer manifestação contrária nos próprios eventuais “governos intervencionistas” que esses proclamam.
Com a minha idade já vivenciei tantos tempos de Ditadura rígida como de Democracia Mole. Claro que já me apercebi de condições nefastas nos Poderes, seja Executivo, Legislativo, como Judiciário. Mas também vejo, constato, mais que a permanência, a ampliação trágica, com facetas bem “mercantis” de tantos de nossos líderes, dos nossos “representantes”. E sofremos aquilo que alguns denominam de “fragmentação partidária”, com a exposição de "partiditos" até sem representatividade, mas com fortes recursos para negociações. Com nossa regra de eleições a cada dois anos muito se podendo tratar. Vemos a criminalização d os servidores públicos concursados e a hipervalorização dos “nomeados, designados”. Vemos umas “reformas” serem aprovadas nos parlamentos, como coisa natural, onde algumas categorias são protegidas e outras aviltadas, alegadamente em razão de pandemia.
Hoje vemos o questionamento amplo do “Capitalismo”, do “Liberalismo” como se fossem elementos estranhos à sociedade atual que vivenciamos, pela direita e pela esquerda. Ao mesmo tempo vemos menos críticas rigorosas ao “capitalismo chinês” onde alguns são enriquecidos e outros não, coisa de Ditaduras. 
Depois da pandemia o que virá? Alargamos um Governo ou Desgoverno? Uma Ditadura Autocrática? Ou, quem sabe, uma Democracia mais aperfeiçoada?