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Jornal Diário de Suzano - 28/04/2024
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Coluna

A Música nos Ensina

13 abril 2024 - 05h00

Ao que me lembro, sempre gostei de música, desde criança pequena. Fui ampliando os sabores que degustava com o passar do tempo e tantas das vidas que passei. Lembro que na pré-escola já gostava de cantar com os coleguinhas umas músicas que nos passavam. A criança, desde pequena, vai se harmonizando, com a música. Essa prática a equilibra. É coisa muito importante. Se puder não deixe de estimular os seus pequenos.
A gente vai aprendendo com o seguir da vida. Quando nos chegam os hinos vamos nos integrando a nossa comunidade, nossa realidade. Se nos acrescentarem as músicas mais elaboradas, como as clássicas, ampliamos muito mesmo a nossa percepção do mundo. Se pudermos aprender um instrumento musical então crescemos enormemente. Muitos não se apercebem, mas a música nos amplia a compreensão até mesmo (e especialmente) da matemática.
Fui acrescentando muitos mundos em minha vida ao longo do aprendizado que me permitiram com a música. Morei em muitas regiões do Brasil quando pequeno e jovem tomava conhecimento dos cantares dessas visões regionais. A gente aprende a respeitar e a gostar e assim também espalhar. São jeitos de olhar o mundo. Pense nisso ao ouvir uma música caipira, uma outra nordestina, um canto gaúcho, por exemplo. E o mundo todo passa a ser nosso também.
A minha geração, estou me aproximando de completar os oitenta anos de idade, cantava bastante o fado, lembro bem da querida portuguesa Amália Rodrigues. E fomos aprendendo a gostar também de músicas americanas. E aí chegou o rock & roll e tudo dominou. Elvis Presley se tornou um ídolo imbatível. Lembro bem de quando ele foi servir o Exército Americano na Alemanha.
Tínhamos o Samba-canção que nos envolvia. E a Bosa Nova surgiu e foi tomando os nossos corações. E foi por aí que o Jazz foi chegando em mim e me erguendo numa maior compreensão do mundo. A Bosa Nova é uma descendente de Samba e Jazz. E lá adiante nos chegou a MPB, Música Popular Brasileira, uma ampliação forte também do Samba, sua base, com uma atenção na qualidade, não só na música como nas letras. Coisas abandonadas nos dias de hoje pelos tantos autores que nos cercam. Isso, aliás, me incomoda um bom tanto. Já pensei sobre isso, se essa perda seria apenas resultado da decadência brutal da nossa Educaç&atilde ;o, alargada com o poder dos processos de comunicação. Enfim...
Seguindo pela universidade, ainda nos anos de 1960, fui me envolvendo também, mais fortemente, com a música clássica. Como dirigente de Centro Acadêmico na PUC convidávamos gente da área para envolver os estudantes e familiares. Depois, como Educador, pude trazer mais gente para perto. E pude perceber que devagarzinho as pessoas vão se envolvendo numa sequência natural com as músicas mais elaboradas.
Podemos fazer mais com a música, ampliamos nosso saber e ela alarga o nosso mundo.
A música é Arte. E podemos mais com mais Arte na nossa vida. Vamos nos ampliando com mais visões artísticas, literatura, teatro, artes plásticas e vai. Sem parar.