Ajude alguém a chegar !

Ninguém "chega" sozinho, por mais esforçado que seja. Por trás de cada conquista há sempre pessoas que direta ou indiretamente nos ajudaram a chegar. O livro de Deuteronômio, no Antigo Testamento, traz o relato de um acontecimento importante, quando o povo hebreu estava prestes a conquistar a Terra Prometida. As tribos de Rúben e Gade já haviam tomado posse das terras à leste do rio Jordão, uma região favorável à criação de gado, o que foi uma reivindicação deles. Eles já estavam bem acomodados. Mas o restante do povo ainda não! Naquela ocasião, Moisés fez a eles o seguinte questionamento: -"Vocês querem ficar aqui, enquanto os seus patrícios vão para a guerra? Será que vocês querem desanimar o povo de Israel para que não entre na terra que o Senhor lhe está dando? (Números 32:1-7) Diante dessas palavras, essas tribos se comprometeram com Moisés e, consequentemente, com os seus patrícios: - "Nós mesmos vamos construir aqui currais para as nossas ovelhas e vacas e também cidades para as nossas famílias. Depois estaremos prontos para marchar para a guerra na frente dos nossos patrícios israelitas, até fazê-los tomar posse da terra que será deles. Não voltaremos para as nossas casas até que todos os outros israelitas tomem posse da terra que será deles". (Números 32:16-18) Em Deuteronômio 3 temos o registro de como isso aconteceu e vemos que, de fato, as tribos à leste do Jordão cumpriram a palavra. 
Quando estamos em uma condição confortável é comum nos esquecermos dos outros. Muitas vezes manifestamos uma atitude rancorosa e insensível em relação àqueles que precisam de ajuda: - "Eu sofri, ele (a) tem que sofrer também". Não temos uma atitude de empatia, facilitando o caminho dos que vêm depois. Não nos importamos! Não mexemos uma palha para que eles "cheguem" também! Há pessoas que se alegram com o mal alheio. Que riem quando outros choram. Que pisoteiam com fúria aqueles que vão ficando pelo caminho. Não só falta de solidariedade, ou indiferença, mas interesse em ferir mais ainda aqueles que já estão feridos. A arma empregada não é um punhal, mas a palavra, a atitude. Poderia ser uma interjeição, um sorriso falso, um movimento de cabeça, um gesto... As tribos de Rúben e Gade não agiram assim. Eles conquistaram o quinhão deles, mas se dispuseram a lutar à frente da batalha, para que as demais tribos conquistassem a sua parte também. Precisamos uns dos outros. A Bíblia ensina que na união Deus ordena a Sua bênção. O Salmo 133: 1-3 diz - "Como é bom e agradável quando os irmãos convivem em união (...) É como o orvalho do monte Hermom, que cai sobre os montes de Sião. Ali o Senhor concede a bênção da vida para sempre". O monte Hermom está localizado no extremo norte da terra de Israel. Dele desce, para as profundezas, o orvalho que brota da terra mais abaixo, dando início ao rio Jordão, o qual banha aquela terra. Do mesmo modo, a união gera vida. Vivemos num mundo cada vez mais hostil, e a união é o segredo que nos fortalecerá. Quem já assistiu ao filme "Gladiador" deve-se lembrar do general Maximus bradando: -"Permaneçam unidos! Como um só!" E essa estratégia trouxe muitas vitórias para eles. 
Na reconstrução dos muros de Jerusalém houve a união do povo em torno de um propósito. Sob a liderança de Neemias, eles tinham um plano, tinham estratégias; mas, sobretudo, estavam unidos. E foi esse conjunto de coisas, sob a direção do Senhor, que fez com que fossem exitosos, reconstruindo o muro em 52 dias. - "A obra é grande e extensa e estamos separados, distantes uns dos outros, ao longo do muro. Do lugar de onde ouvirem o som da trombeta, juntem-se a nós ali. Nosso Deus lutará por nós". (Neemias 4:19-20) Quando ajudamos alguém a chegar, a alcançar um objetivo, uma meta, um desafio, também somos abençoados. Se pudermos ajudar a fim de que outros também cresçam, conquistem, vamos ajudar!