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Jornal Diário de Suzano - 08/05/2024
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Coluna

Cuidemos desse patrimônio!

24 setembro 2023 - 05h00

O mês de setembro, desde 2015, é dedicado à campanha do "Setembro Amarelo", que trabalha a prevenção ao suicídio, abordando questões relacionadas à saúde mental. Ter uma mente saudável é tão ou mais importante do que ter um corpo saudável. Quando estava no "ginásio" ouvi um pouco da história de Van Gogh. Lembro de ter ficado chocada, quando a professora relatou que ele havia cortado a própria orelha. Fiquei pensando naquilo, em uma época em que pouco se falava sobre transtornos mentais. Mais tarde, me aprofundando na história de Van Gogh, descobri que ele sofria de sérios transtornos mentais, os quais foram se agravando com o alcoolismo, levando-o a atentar contra a própria vida. A saúde mental é uma questão muito séria e deve ser tratada com atenção e ações pertinentes por todos os segmentos da sociedade. Conforme dizem os especialistas, a maioria dos casos de suicídio está relacionada a transtornos mentais, como a depressão, o transtorno bipolar, o abuso de substâncias químicas, entre outras causas. Segundo a OMS mais de 700 mil pessoas morrem por ano devido ao suicídio. O índice de crianças e adolescentes que estão com depressão e que já se mutilaram ou intentaram contra a vida é altíssimo! 
Não é fácil viver nesse mundo tão cheio de incoerências, injustiças, demandas malucas, acontecimentos difíceis de serem compreendidos pela nossa mente. Por melhor que seja a nossa saúde mental, ninguém está livre de ter algum transtorno ao longo da vida. E não deveria ser vítima de um mau julgamento por estar mentalmente doente. É importante falar sobre esse assunto nas escolas, nas igrejas, nas famílias, nas nossas comunidades. É importante ensinar onde e como procurar ajuda. É difícil para um líder religioso, por exemplo, e para qualquer um de nós, enfrentar essa realidade por temer o julgamento da família, da comunidade de fé, das pessoas, de forma geral. O grande Spurgeon, no século XIX, admitiu passar por uma "tristeza avassaladora", em um tempo que pouco se sabia ou se falava sobre depressão. Vamos pensar um pouco sobre o grande profeta, Elias, que enfrentou um período sombrio em sua vida. E há outros na Bíblia que também passaram por isso! Depois de enfrentar e vencer os profetas de Baal, Elias ficou com medo das ameaças de Jezabel, a rainha. Para ele essas ameaças foram estressantes demais, desencadeando um provável processo depressivo. Repentinamente, tudo mudou. A autoestima de Elias estava baixa. Ele mesmo estava se definindo como um fracassado tal qual os seus antepassados. No início desse estado, Elias buscou refúgio no deserto, caminhando sem direção. Depois, desistiu de viver e pediu a morte, sentando-se em um lugar, onde dificilmente o encontrariam. E, por fim, ele se escondeu numa caverna, com total falta de perspectiva. Essa parte da história de Elias está registrada em I Reis 19. 
Cansado, estressado, desesperançado, Elias se deitou debaixo de uma árvore e caiu no sono. Então, Deus mandou que um anjo fosse até ele. O anjo lhe disse: "Levante-se e coma". Em volta de Elias havia um pão assado nas pedras e uma jarra de água. Poderíamos nos deter aqui falando sobre muitas coisas. Todavia, vou me deter no que me chama mais a atenção. Deus sempre coloca "anjos" no nosso caminho, quando precisamos de ajuda. Esses "anjos" não nos julgam, não nos rejeitam, não dão lição de moral; mas nos apresentam uma nova perspectiva de vida e nos encaminham de volta para o nosso propósito. Pode ser alguém da família, um amigo que, de fato, se importa, um psicólogo, psiquiatra, um pastor; enfim, alguém que nos ajude. 
Podemos, sim, ajudar as pessoas que se encontram em sofrimento mental, acolhendo, orando, ajudando-as a buscar ajuda profissional, amando as pessoas como Jesus nos ama!