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Jornal Diário de Suzano - 08/05/2024
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Coluna

Lutando por Justiça 2

10 setembro 2023 - 05h00

As filhas de Zelofeade reivindicaram justiça e obtiveram bons resultados, não apenas para elas mas também para as demais mulheres do povo. Vimos nesse caso que a lei vigente era injusta. As filhas de Zelofeade, por serem mulheres, não tinham direito à herança do pai. Conforme as leis estabelecidas, a herança passaria para o domínio público. Elas consideraram essa lei injusta. Então, lutaram para que houvesse mudanças, e a justiça fosse feita. Parece que quando conseguimos resolver um problema, fazer a reparação de alguma injustiça, outros problemas e desafios vão surgindo ao longo do caminho. As leis não são perfeitas, porque são feitas por pessoas imperfeitas, reproduzindo princípios, valores, crenças, interesses, de uma época. O livro de Números, no Antigo Testamento, termina com nova reivindicação; agora, dos chefes de família dos grupos de famílias de Gileade, descendentes de Maquir, Manassés e José. Eles levantaram um novo problema - se as filhas de Zelofeade se casassem com homens de outra tribo israelita, as terras, que foram dadas a elas, passariam a pertencer à tribo daqueles com quem se casassem. Moisés consultou o Senhor sobre essa questão, que determinou que as filhas de Zelofeade podiam casar com quem quisessem, desde que fosse com um homem que pertencesse à tribo delas. Dessa forma as terras dos israelitas não passariam de uma tribo para outra. Cada tribo herdaria a terra de seus antepassados. (Números 36:1-12) 
Ouso afirmar que algumas leis são injustas. Por isso, elas precisam ser aperfeiçoadas ou modificadas com o tempo. A justiça do homem, portanto, é falha, pois é baseada em intenções, perspectivas e conceitos limitados. Os tribunais funcionam com base em provas, autos processuais, que são produzidos por homens. Na justiça divina, o Juiz, que é Deus, tem diante de Si todas as provas, claras, fidedignas, inquestionáveis, irrefutáveis, a partir das quais Ele determina os seus juízos. Somente Ele tem a perfeita condição de nos saciar com a Sua justiça. Essa história das filhas de Zelofeade nos traz alguns ensinamentos. O primeiro deles é que não devemos nos conformar com a injustiça. Lutemos por justiça, façamos a nossa parte como cristãos, como cidadãos. O segundo ensinamento é que os líderes não conseguem ver tudo o que acontece no entorno deles. Não conseguem enxergar todas as dificuldades e deficiências. Então, bem fazem quando são humildes o suficiente para ouvir, avaliar, acatar ou não, bons conselhos, sugestões e reivindicações. Nesse caso, Moisés ouviu as reivindicações feitas, levando-as ao Senhor. A terceira lição é que as mudanças passam por um processo de convencimento e envolvimento. Tanto as filhas de Zelofeade quanto os chefes das tribos de Gileade tinham argumentos e não estavam sozinhos. Por último, devemos amar a justiça da mesma forma que Deus a ama. Amar a justiça é promover e praticar a justiça. Não deveríamos nos omitir, quando vemos a justiça ser aviltada. De forma pacífica, temos que nos manifestar. A Bíblia nos ensina que devemos lutar por justiça, tanto para nós mesmos quanto para os outros. Por mais que lutemos por justiça, entretanto, nesse mundo aqui nunca seremos plenamente saciados. Assim, quando a justiça humana falha, podemos ter a certeza de que Deus fará a justiça por nós. Mas não é incomum desejarmos colocar em funcionamento a nossa justiça. Antigamente, na época do Velho Testamento, a regra era - "olho por olho, dente por dente". Mas Jesus nos ensinou a andar a segunda milha, a perdoar, a deixar que Deus faça a verdadeira justiça por nós. No Sermão do Monte, Jesus ensina que aqueles que têm fome e sede de justiça serão fartos. (Mateus 5:6) Há muitos acontecimentos nesse mundo que nos podem levar à revolta, tornando-nos insensíveis e vingativos, se olharmos os fatos pela perspectiva humana. É preciso Deus para endireitar o nosso coração. Quando tomamos uma atitude errada, mesmo estando certos, contemplamos a vida com olhos puramente humanos. Quando tomamos a atitude certa, olhamos a vida da perspectiva divina. Então, Deus, que é justo juiz, vai fazer justiça a nossa causa!