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Jornal Diário de Suzano - 03/05/2024
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Coluna

Lutando por Justiça

03 setembro 2023 - 05h00

Quantas injustiças vemos no mundo todos os dias! Nesse sentido, podemos fechar os olhos para isso, fazendo de conta que nada está acontecendo, ou podemos tomar uma posição, fazendo a nossa parte. Alguém poderia argumentar: - "Mas eu não posso resolver os problemas do mundo". É verdade! Mas podemos fazer o que é certo, participar, lutar por justiça. Todas as conquistas das quais usufruímos hoje foram obtidas mediante luta por justiça. Alguém, lá atrás, se posicionou e lutou. No Antigo Testamento, quando já estava próxima a conquista da Terra Prometida, Canaã, encontramos a história de cinco irmãs que lutaram por justiça, em uma época em que as mulheres pouco eram ouvidas e contempladas. Eram conhecidas como as filhas de Zelofeade - Macla, Noa, Hogla, Milca e Tirza, da tribo de Manassés. Revestidas de coragem e bons argumentos, elas foram falar com Moisés, com o sacerdote Eleazar, com as autoridades e com todo o povo, na entrada da Tenda. O argumento delas foi: "O nosso pai morreu no deserto e não deixou filhos homens. Ele não estava entre os seguidores de Corá, que se revoltaram contra Deus, o Senhor, mas morreu por causa do seu próprio pecado. Não é justo que o nome de nosso pai desapareça do meio do seu grupo de famílias só porque não teve nenhum filho homem. Dê uma propriedade para nós entre os parentes de nosso pai. (Números 27:1-11) Moisés levou o caso delas ao Senhor, e o Senhor achou justa a reivindicação. Assim, as filhas de Zelofeade conseguiram conquistar o direito à herança do pai. Elas influenciaram na criação de uma lei que permitia dali em diante que as mulheres possuíssem terras. 
As filhas de Zelofeade não se contentaram com a injustiça, não se acomodaram; elas lutaram, usando como estratégia argumentos convincentes. Foram falar com quem era necessário, de forma pacífica. Fizeram um movimento, envolvendo os líderes e o próprio povo. Uma das formas mais violentas de injustiça em nosso mundo é a desigualdade social, embora muita gente não considere assim. Como fazer com que o mundo funcione de forma justa, sustentável e solidária, sem tamanha concentração de renda? Parece uma missão impossível! Seguindo nessa direção, o autor do livro de Eclesiastes, que considera quase tudo uma grande ilusão e inútil, diz: "Então olhei de novo para toda a injustiça que existe neste mundo. Vi muitos sendo explorados e maltratados. Eles choravam, mas ninguém os ajudava. Ninguém os ajudava porque os seus perseguidores tinham o poder do seu lado". (Eclesiastes 4:1) Salomão está deixando registrado aqui que a injustiça predomina no mundo, o qual é controlado pelos poderosos e opressores. Deus, no entanto, não aprova a injustiça, que soa como um acinte ao Seu caráter absolutamente justo.
No Reino de Deus a justiça é um valor que deve ser buscado e praticado por nós! Um cristão não deve aceitar a injustiça passivamente. Mais do que isso, devemos evitar cometer injustiças. Em cometendo, devemos nos comprometer com a reparação. Mas nós nunca seremos perfeitamente justos. Só Deus o é! Jesus não apenas falou sobre justiça; ele praticou a justiça, fazendo-se justiça por nós! A justiça praticada e ensinada por Jesus foi a da misericórdia e graça. Se estivéssemos ao lado de Jesus, quando prometeu o paraíso ao malfeitor que pediu para ser lembrado, talvez não acharíamos isso justo. Quem sabe pensaríamos - "mas esse ladrão aprontou todas e, agora, no momento derradeiro, recebe a salvação e entra no reino dos céus assim tão facilmente?! Não! Ele tem que pagar!" Na contramão de tudo o que os escribas e fariseus ensinavam, Jesus nos deixa a grande lição - "Sim, é pela graça; caso contrário, nenhum de nós seria justificado!"