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Jornal Diário de Suzano - 05/05/2024
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Coluna

Mais que sentimentos

04 junho 2023 - 05h00

O livro de Salmos retrata todo tipo de sentimento humano - alegria, tristeza, esperança, desesperança, medo, dúvida, certeza, fé, confiança, força, fragilidade... Todos nós sabemos o que é chorar, o que é estar cansado, o que significa esperar que o amanhã chegue na expectativa de que as coisas mudem; sabemos o que significa sentir uma dor que parece não cessar, sabemos o que é ser julgado injustamente, sabemos o que é aguardar uma resposta que demora a chegar. Sem dúvida, há momentos na vida em que as coisas ficam realmente difíceis. Sentimos que não "vamos dar conta". Parece que nenhuma porta se abre. Nessas horas chegamos quase ao desespero. E, muitas vezes, perguntamos a Deus - "Por quê?" Não conseguimos enxergar propósito para o sofrimento pelo qual passamos. Temos a sensação de que Deus nos abandonou entregues à própria sorte. Como o rei Davi, aquele que está vivendo essa situação tem uma oração nos lábios - "Ó Senhor Deus, não me abandones! Não te afastes de mim, meu Deus. Ajuda-me agora, ó Senhor, meu Salvador". (Salmo 38:21-22) No verso 8 do capítulo 38 do livro de Salmos, o rei Davi expressa a sua condição emocional - "Sinto-me profundamente abatido e desanimado; o meu coração está aflito, e eu fico gemendo de dor". Os olhos do rei, valoroso guerreiro, perderam o brilho. (v. 10). Sim, isso pode acontecer com os valorosos e fortes guerreiros em certos momentos! Tudo parecia perdido. Mas Davi não tinha perdido a fé. Ele confiava que Deus daria a saída, o escape para aquelas lutas que ele estava atravessando. Muitas vezes a resposta não vem no momento em que esperamos. No entanto, se soubermos esperar com paciência pelo trabalhar de Deus, teremos a resposta certa. Se aprendemos a ser impacientes; logo, podemos aprender a ser pacientes diante das dificuldades da vida. O Salmo 40:1 traz uma preciosa lição sobre isso: "Esperei com paciência pela ajuda de Deus, o Senhor, Ele me escutou e ouviu o meu pedido de socorro". Em todos os momentos difíceis da vida sabemos que podemos continuar confiando em nosso Pai Eterno, como aquele que nos consola, fortalece, cura, renova, ouve, vem ao nosso encontro e nos levanta, para que prossigamos caminhando altaneiramente. 
O Salmo 126:5-6 diz: "Os que semeiam chorando, façam a colheita com alegria!" "Aqueles que saíram chorando, levando a semente para semear, voltarão cantando, cheios de alegria, trazendo nos braços os feixes da colheita". Isso significa continuar lançando as suas sementes no solo, com expectativa e fé. Semear chorando significa semear sem ver a colheita, o resultado, na hora. A semeadura pressupõe lágrimas, porque precede a colheita. Para ver a colheita precisaremos esperar pelo tempo certo. Semear chorando é para quem sabe que a vida não é feita só de sorrisos; mas também de sonhos e frustrações, de luz e sombras, de montanhas e vales, de tempestades e bonança. As "tempestades", todavia, não duram para sempre. Podem chegar e fazer alguns estragos; porém, são temporárias. Não podemos chegar ao topo da montanha, se não subirmos; e subir significa suar, cansar-se, algumas vezes tropeçar, cair, levantar e continuar andando em direção ao alvo. Ninguém conseguirá graduar-se ou passar em um concurso público se não semear em horas de estudo árduo e contínuo. Ninguém formará uma biblioteca se não colocar nela livro por livro. Ninguém começará um projeto se não der os primeiros passos nessa direção. Ninguém colherá, se não plantar. E toda colheita mostra que houve muito esforço e sacrifício empreendidos. Seja qual for a sua luta, não desanime. Está tudo difícil e, aparentemente, sem saída?! Não desista. Parece que você não vai conseguir chegar à reta final?! Não entregue os pontos. Siga em frente; olhe além das circunstâncias, porque se você não desistir, alcançará a vitória. A vitória não é dos mais fortes nem dos que correm melhor. A vitória é daqueles que, mesmo cambaleando, mesmo chorando, mesmo sofrendo, continuam andando, confiantes no Senhor. Chegará o tempo em que carregarão os feixes da colheita!