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Jornal Diário de Suzano - 01/05/2024
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Coluna

Não haverá mais choro

09 abril 2023 - 05h00


Hoje pode parecer o fim. Mas não é. Os discípulos a caminho de Emaús estavam "cegos", espiritualmente falando, por isso não conseguiram perceber de imediato a presença do Cristo ressurreto caminhando com eles. Jesus havia ressuscitado, e eles já tinham ouvido a história que se tinha espalhado. Mas...seria verdade mesmo? Depois da morte de Jesus, os seus seguidores, inclusive os discípulos, ficaram confusos e amedrontados. Foram-se dispersando. Cansados de esperar, cada um foi voltando a sua rotina. Jesus gastou tempo com aqueles discípulos, naquela estrada, que estavam fora de seu propósito. Assim acontece conosco - muitas vezes Jesus está falando, enquanto caminhamos, em nossa jornada diária, mas não conseguimos perceber isso. Depois que Jesus partiu o pão e deu a eles, os olhos deles foram abertos, e eles reconheceram Jesus. Foi aí que se lembraram de como o coração deles queimava dentro do peito, quando Jesus falava a eles na estrada de Emaús. (Lucas 24:13-35) Assim, voltaram para Jerusalém, onde encontraram os outros discípulos e seguidores de Jesus. 
A ressurreição de Cristo mostra que podemos recomeçar, ainda que tenhamos caído, ainda que tenhamos falhado. Cada dia é um novo dia. Um novo alento. Uma esperança nova. O Salmo 30:5, escrito pelo rei Davi, diz: "O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã." Pelo menos é o que acontece na vida daqueles que confiam em Deus. Laços de morte cercavam o rei Davi. Seus inimigos o perseguiam, a fim de tirar-lhe a vida. Ele pensava que seria o fim. Mas buscou refúgio no Senhor, o qual não apenas o protegeu de seus inimigos como também lhe curou a alma abatida. Há sempre o brilho de uma esperança na gota de uma lágrima. Até para a morte há esperança e certeza. O Evangelho diz que morremos para viver. Viver outra vida, na eternidade. Paulo escreveu sobre a morte: "Porque sabemos que se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos humanas, eterna, nos céus." (II Coríntios 5:1) Aqui temos uma tenda; além, um edifício. A cruz de Cristo canta vitória sobre a morte: "Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?" (I Coríntios 15:55) Durante três horas tudo ficou negro como a noite. Houve um eclipse. Como se a natureza se cobrisse de luto. Três dias depois a luz voltou a brilhar: "Jesus ressuscitou!" |
Os espinhos da vida podem-se transformar em pétalas. Ou continuar espinhos, mas ferindo menos, cada vez menos, porque caminhamos para o que é perfeito, para o lugar onde não haverá mais choro, pois Ele (Jesus Cristo) enxugará toda lágrima de nossos olhos. Você já imaginou isso?! O profeta Isaías usa a bela figura da águia para falar sobre esperança: "Os que esperam no Senhor renovarão a suas forças, subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão". (Isaías 40:31) A imagem é da águia na muda: segundo a lenda, a águia a esse tempo ficava como nova outra vez e, desse modo, não morria nunca. Assim é a vida em Deus. De quem tem comunhão com Deus; renova-se sempre, como se trocasse de penas. Fica moço por dentro, ainda que por fora os anos embranqueçam os cabelos. Foi por isso que o salmista escreveu: "A tua mocidade se renova como a da águia". (Salmo 103:5) Os que esperam no Senhor sobem, correm e caminham em qualquer tempo. A vida não é só efusão, quando subimos, nem só competição, quando corremos. Ela é algumas vezes monotonia, quando andamos, quando nos arrastamos nas lutas do cotidiano. Mas, vivendo em Deus, a renovação sempre acontece.