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Jornal Diário de Suzano - 04/05/2024
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Coluna

O que nos move?

23 julho 2023 - 05h00

Podemos ser movidos por sonhos altruístas, por ambição, ganância, por desejos de fama, sucesso, por dinheiro, e por outras motivações nobres ou não. O Senhor avalia as nossas ações conforme as nossas intenções. Ele vê o profundo e o oculto, sabendo muito bem o que está por trás daquilo que fazemos. A Ele ninguém engana! Um político, por exemplo, pode alardear que determinado projeto vai beneficiar o povo, mas pode ser, de fato, uma forma mascarada de desviar dinheiro para proveito próprio. Temos nesse sentido um exemplo interessante no Antigo Testamento, que diz respeito aos recenseamentos do povo hebreu. Foram feitos quatro censos (contagem do povo) no antigo Israel. Três foram aprovados por Deus; mas um não. O censo reprovado foi exatamente aquele ordenado pelo rei Davi. (II Samuel 24:1-9) A razão da reprovação é clara - o rei queria demonstrar e constatar a sua força para vencer os inimigos através dos números, como se a sua força não viesse de Deus. Devemos tomar cuidado com a vaidade. E Davi incorreu nesse pecado. Os números levantados indicavam o quão poderoso era o exército de Israel. Assim eles estavam seguros, pensou o rei. Os números davam a garantia de vitória! Davi deu lugar à vaidade e autossuficiência. É verdade que ele se arrependeu disso depois. Davi mais uma vez aprendeu que o pecado tem consequências. O número de soldados foi reduzido por meio de uma peste que caiu sobre o povo de Israel. Do norte ao Sul do país, morreram setenta mil israelitas. Já que o orgulho estava no número, o preço foi uma dimimuição do número. Pensamos que temos a força; todavia, ai de nós se o Senhor não estiver conosco! Ai de nós se pensarmos que somos fortes, autossuficientes; portanto, não precisamos depender do favor do Senhor, da Sua graça e misericórdia!
O caminho que nos afasta da humildade e nos faz chegar à arrogância e autossuficiência pode ser sutil. Por isso, precisamos estar sempre atentos para não cairmos nessa tentação. A Bíblia diz que o orgulho precede a queda. O orgulho é uma loucura. Nada é mais detestável para Deus do que o orgulho. O primeiro pecado, o fundamental, em essência, é o que objetiva a entronização do "eu" no lugar de Deus. Foi esse pecado que transformou Lúcifer, anjo de luz, guardião do trono de Deus, no abominável inimigo infernal, e que o levou a ser expulso do céu. Das muitas formas que esse pecado assume, nenhuma é mais abominável do que o orgulho espiritual. Ser orgulhoso dos dons que Deus nos concedeu, ou da posição a que Sua graça nos elevou é esquecer de que a graça é uma dádiva, e que tudo quanto temos nos foi dado sem que merecêssemos. O orgulho quase fez o general sírio, Naamã, doente de lepra, perder a chance de ser curado. Ele não queria mergulhar sete vezes no rio Jordão, um pequeno rio de Israel, já que podia fazê-lo nos grandes rios de seu país. Mas foi convencido a vencer o orgulho. E recebeu a cura. (II Reis 5)
Outro exemplo das consequências do orgulho foi o que ocorreu com o rei da Babilônia, Nabucodonosor. Ele foi acometido de uma doença estranha, provavelmente, licantropia. Essa doença fez com que ele agisse como um animal inferior. Tudo começou quando ele estava passeando pelo terraço do palácio real e disse: - "Eu mesmo, com o meu grande poder construí esta bela cidade para ser minha casa, a capital do meu grande império". Ele ainda estava falando, quando ouviu uma voz que vinha do céu: "Você já não é o rei deste grande império! Você será expulso do seu palácio e vai viver com os animais do campo; vai comer capim como os bois durante sete anos, até compreender que Deus é quem domina sobre os reinos da terra e os entrega a quem Ele quer". No final dos sete anos, a mente de Nabucodonosor voltou a funcionar como mente de homem. São dele essas palavras: "Por isso, agora eu, Nabucodonosor, louvo, glorifico, honro o Rei do Céu, o grande Juiz, porque todos os seus atos são justos e bons. Ele pode humilhar os orgulhosos, fazendo-os arrastar-se no pó". (Daniel 4:37) Aprendamos com Jesus o caminho da humildade. "Ele tinha a natureza de Deus, mas não tentou ficar igual a Deus. Pelo contrário, Ele abriu mão de tudo o que era seu e tomou a natureza de servo, tornando-se assim igual aos seres humanos. E, vivendo a vida comum de um ser humano, Ele foi humilde e obedeceu a Deus até a morte - morte de cruz". (Filipenses 2:6-8)