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Jornal Diário de Suzano - 01/05/2024
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Coluna

Solucionadores de problemas

26 março 2023 - 05h00

Na história da humanidade já houve muitos tempos de escassez de alimentos. Você pode imaginar ter o dinheiro para comprar, mas não ter o que comprar para se alimentar e alimentar a sua família? Ao interpretar o sonho do rei do Egito, José falou sobre os 7 anos de fartura e os 7 de escassez, em que faltaria comida no Egito e região. Tal seria a fome que ninguém se lembraria do tempo em que houve muito alimento no Egito. José não apenas interpretou o sonho do rei como também apresentou uma solução estratégica para o problema. O Egito precisaria de um processo de racionamento estrito e bem-organizado. Em geral, quando há fartura, come-se demais, gasta-se demais. José, então, propôs que o rei colocasse um homem que se responsabilizasse pela administração desses sete anos de abundância, alguém que supervisionasse a construção de celeiros, garantindo que uma parte dos cereais (20%) fosse guardada para os anos de fome que chegariam. E, nesse sentido, já aprendemos com José uma grande lição: somos causadores ou solucionadores de problemas? O conselho de José agradou ao rei de tal forma que o rei o escolheu para dirigir o país e tomar todas as providências cabíveis, colocando em prática a sua proposta estratégica. Para o rei havia ficado claro que o favor de Deus estava com José; então, não havia ninguém melhor em sabedoria para lidar com a situação caótica que viria. Quando o problema chega, somos essa pessoa de confiança que, sob a direção de Deus, apresenta a solução? 
Foi desse modo que José se tornou o segundo no comando do Egito. Parece que foi de uma hora para outra que tudo aconteceu. Mas só quem está no processo sabe que não é bem assim! "Quanto poder, autoridade, honra, você tem agora, José?!" Sim! Mas o processo até chegar ali foi doloroso! Quantas coisas ele precisou vencer? Quanto precisou aprender? Sempre mantendo a humildade, sem querer ganhar os "louros" para si!" Dependente de Deus! Faraó tirou o anel de sinete e colocou-o na mão de José. Com esse anel o rei carimbava as faturas, as leis e tudo o mais que queria verificar ou validar com o seu sinete. José tinha agora a autoridade do carimbo do Faraó. Também o Faraó deu a ele roupas finas de linho e, apropriadamente, colocou um colar de ouro em seu pescoço. Poucas horas antes, José era apenas um prisioneiro sujo, maltrapilho, esquecido na masmorra. Depois de longos anos de espera as coisas começaram a mudar. Para se ter uma ideia, os estudiosos do Antigo Testamento afirmam que o Egito era um lugar de notável influência, avanços educacionais invejáveis, poder militar e riquezas ilimitadas. E José foi constituído pelo Faraó com toda essa autoridade! "Grandes poderes, grandes responsabilidades!" E José fez jus a isso! Administrou o que não lhe pertencia com responsabilidade, dedicação, e muito trabalho. Ele havia começado o seu treinamento como administrador na casa de Potifar, onde gerenciou todos os assuntos da casa dele. Prosseguiu em seu treinamento na prisão, onde veio a ser responsável por todos os prisioneiros. Treze anos mais tarde, foi posto como autoridade sobre toda a terra do Egito. 
Em cada trabalho, José aprendeu a confiar mais em Deus e dar o seu melhor. Quando a porta da oportunidade se abriu para ele, estava pronto e preparado. Tinha sido fiel e excelente nas "pequenas" atribuições; por isso, agora, uma grande obra lhe tinha sido confiada. Soube lidar bem com o prestígio e o poder sem sucumbir ao orgulho, característica de um homem de caráter nobre. Façamos uma avaliação de nosso trabalho? Seríamos bem avaliados? Poucos mantêm a integridade quando adquirem riquezas, poder, autoridade. Muitos se tornam presas fáceis da corrupção e do enriquecimento ilícito. Para os que se mantêm íntegros, podemos desejar: "Que a sua prosperidade abunde e que a sua generosidade desprendida aumente. Que o seu ouvido nunca se feche para os que sofrem. Que você se mantenha humilde e dependente de Deus como José".