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Jornal Diário de Suzano - 01/05/2024
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Coluna

Um conto ligeiro

14 novembro 2021 - 05h00

Quando éramos crianças, a nossa mãe costumava recitar esses versos de Guilherme de Almeida: "Tudo muda, tudo passa neste mundo de ilusão; vai para o céu a fumaça, fica na terra o carvão". Mesmo não sabendo explicar o significado desses versos, a gente conseguia compreender que na vida as coisas passam e se transformam. Temos dificuldade em lidar com a morte. Por mais convicção que tenhamos da vida pós-morte, sofremos com a perda, com a separação, daqueles a quem amamos. Quando se trata, então, de alguém tão jovem que parte de forma abrupta, ainda mais doloroso fica. Recentemente, causou comoção nacional a morte da cantora Marília Mendonça e daqueles que estavam com ela na aeronave. Fomos criados para a eternidade. A eternidade está no coração do homem. Todavia, a entrada do pecado no mundo desfez essa expectativa, e a morte surgiu no cenário da vida humana. A sentença do Criador foi - "Tu és pó e em pó te tornarás". (Gênesis 3:19) A Bíblia fala sobre a brevidade de nossa vida aqui na Terra. "Porque o homem, são seus dias como a erva; como a flor do campo, assim floresce; pois, passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não conhece mais". (Sl 103:15-16) " Pois todos os nossos dias vão passando na tua indignação; acabam-se os nossos anos como um conto ligeiro. " (Sl 90:9); "Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece". (Tiago 4:14) Fazemos planos, e é bom que façamos isso. Todavia, não sabemos se vamos executá-los. Não temos controle sobre o tempo de nossa existência. A nossa vida terrena pode-se acabar de uma hora para outra. É claro que esse fato não nos deve isentar da responsabilidade sobre a nossa vida, quanto a cuidar bem dela, dentro daquilo que cabe a cada um de nós. Quando somos jovens temos a impressão de que temos a vida toda pela frente. Depois, quando estamos nos aproximando da velhice, sabemos que o tempo é cada vez mais curto. O mais importante não é a quantidade de anos que vivemos, mas sim como vivemos. Vivemos com sentido e significado? Temos um propósito ou missão de vida? Vivemos de forma relevante e elevada fazendo diferença na vida de nosso próximo e no mundo? Sabemos que a expectativa de vida tem aumentado no Brasil e no mundo. As Escrituras nos falam de uma expectativa de setenta anos, quando tratam da transitoriedade da vida. "A duração da nossa vida é de setenta anos e, se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o melhor deles é canseira e enfado, pois a vida passa rapidamente, e nós voamos". (Salmo 90:10) Deus criou o homem para a eternidade; inclusive, física. Quando o pecado entrou no mundo, essa expectativa se desfez, e a morte surgiu no cenário da vida humana. A sentença do Criador foi - "Tu és pó e em pó te tornarás". (Gênesis 3:19) Jesus veio a esse mundo para devolver ao homem tudo o que a queda tinha tirado dele. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Único Filho, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". (João 3:16) Não somos donos da nossa própria vida, embora muitos pensem assim: "A vida é minha; então, faço dela o que quiser". A vida nos foi dada por Deus; Ele dá, Ele tira. Tem que ser vivida com propósito, com o alto propósito de engrandecer o Doador da vida, que é Deus, e de servir o próximo. Assim viveu Jesus! Salomão escreveu sobre a brevidade da vida: "Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade... antes que se quebre a cadeia de prata, e se despedace o copo de ouro, e se despedace o cântaro junto à fonte, e se despedace a roda junto ao poço, e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu". (Ec 12.1-8) Para o homem rico, que só pensava em acumular riquezas, achando que dessa forma estaria com o futuro garantido, Deus fez a seguinte pergunta - "Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens tu preparado para ela, para quem será?" (Lucas 12:16-20) É sem juízo todo aquele que vive só para si e para essa vida aqui!