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Jornal Diário de Suzano - 20/04/2024
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Cultura

Grupo suzanense Contadores de Mentira se apresenta na Dinamarca

Artistas locais participarão do ‘Transit Festival’, que está em sua nona edição, e integra a rede The Magdalena Project

11 junho 2019 - 21h36Por de Suzano
O grupo suzanense ‘Contadores de Mentira’ embarcou nesta semana para a Dinamarca, onde participarão do “Transit Festival” que está em sua nona edição, e integra a rede The Magdalena Project. O festival é organizado pela atriz e mestra Julia Varley do reconhecido grupo Odin Teatret, que há mais de 50 anos desenvolve pesquisas e criações teatrais, sendo um dos mais importantes grupo do mundo.
 
O festival reunirá mulheres e grupos de diversas partes do mundo, e este ano trará como tema “A esperança em ação”. Durante 12 dias todos os participantes ficarão imersos no encontro, que ocorrerá na sede do Odin Teatret em Holstebro, onde terão compartilhamentos de práticas e pensamentos desenvolvidos por cada grupo. O festival contará com atividades formativas, demonstrações de trabalho, apresentações teatrais, performances e discussões.
 
A rede The Magdalena Project existe há 32 anos, e tem como foco o protagonismo da mulher no teatro. É uma rede que realiza festivais, publicações, cursos, e discussões sobre o legado da mulher no teatro. Espalhado por mais de 50 países a rede é a mais forte e mais antiga dentro da temática. A atriz Daniele Santana é integrante da rede desde 2017, e já esteve em dois outros festivais compartilhando seu trabalho, em Brasília no “Solos Férteis” e em Cuba no “Magdalena Sin Fronteras”.
 
Para a Dinamarca os Contadores de Mentira levarão a obra recém estreada “Cícera” e também a demonstração de trabalho “Rito de partilha”.
 
Sobre a obra Cícera
 
Na mala a alagoana Cícera traz um punhado de farinha, 4 filhas e o sonho de uma vida melhor. Em São Paulo encontra dureza, concreto, fome e saudade. “Cícera” é a história de uma mulher, mas é o retrato da vida de centenas de mulheres retirantes que deixam suas raízes na busca de igualdade social.
 
A anciã, a jovem, a desbravadora, a mãe, a trabalhadora, a que luta por seus direitos. Todas são Cíceras. Atravessada por cantos de trabalho, relatos e memórias a obra apresenta uma mulher nordestina em ponto de ebulição, que dança e saúda sua caminhada.
 
“Cícera é um evocar das mulheres que habitam em nós... Que mesmo desconhecidas criam traços e caminhos por onde podemos pisar sem nunca esquecer o quão firmes são os laços entre nós”.