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Jornal Diário de Suzano - 16/04/2024
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Esporte

Serginho ressalta passagem por time de Suzano e fala de apoio aos jovens

Jogador conversou com o DS e em meio a risadas relembrou a passagem que teve pelo time Suzano Report

25 fevereiro 2018 - 18h26Por Lucas Lima - de Suzano
Um contador de histórias curiosas e engraçadas. De fala simples e olhar sincero. Esse é o jogador de vôlei e bicampeão olímpico da seleção brasileira, Sérgio Dutra Santos, mais conhecido como Serginho ou Escadinha. Após realizar um bate-papo com uma turma do projeto Formare Aprendiz da Suzano Papel e Celulose na última quarta-feira, ele conversou com o DS e em meio a risadas relembrou a passagem que teve pelo time Suzano Report, nos anos de 1999 e 2000, quando foi campeão paulista. 
 
Serginho ainda destacou que, atualmente, falta apoio para a inclusão dos jovens ao esporte no Alto Tietê - assim como em todo País - e destacou estar de braços abertos para apoiar um projeto relacionado ao voleibol em Suzano. Além disso, com sorriso no rosto, o líbero contou as dificuldades que passou até chegar ao topo da modalidade, o qual é visto como o melhor na posição (líbero) devido suas defesas difíceis e passes precisos.
 
Diário de Suzano: Qual a sensação de ter sido bicampeão olímpico e de hoje estar passando essa experiência para as pessoas e principalmente aos jovens?
Serginho: A sensação é uma das melhores. Fico feliz de tudo que fiz na minha vida e de poder de certa forma passar essa experiência que tive durante esses anos de seleção brasileira. Além disso, é gratificante mostrar as pessoas que todo esforço vale a pena. Não é ser só exemplo dentro da quadra, mas também orientar que tudo que nos dedicamos a fazer da melhor forma, acabamos tendo bons resultados. Não só no esporte, mas em outros ramos. Hoje, estar visitado uma empresa na qual eu já representei no vôlei em Suzano e passar esse conhecimento aos 20 jovens do programa é uma honra.
 
DS: Como foi sua passagem por Suzano?
Serginho: Joguei aqui uma temporada, em 1999 e 2000. E ninguém sabe que ao ser campeão paulista fui daqui até Aparecida a pé. Foram três dias andando, cerca de 140 quilômetros. Mas, foi um ano muito bom da minha vida. Quando eu me despontei, jogando por Suzano, até porque naquela época era uma vitrine muito boa. O vôlei de Suzano na década de 90 ganhou tudo. O que disputava ganhava, foi referência dentro da modalidade no âmbito nacional e internacional. Foi muito bom, tanto que Suzano era conhecida como a capital do vôlei e as pessoas ainda brincam com isso hoje em dia.
 
DS: Acredita que falta apoio a inclusão dos jovens ao esporte no Alto Tietê?
Serginho: Em qualquer lugar falta. Inclusive aqui em Suzano tem um projeto do técnico João Marcondes, que faz a cidade ainda respirar o voleibol. Para se ter ideia, é um time jovem e que chegou a final do Paulista no último ano, com ótima campanha. Vi vídeos do Ginásio Paulo Portela, o Portelão, lotado, como se estivessem prestigiando um time principal. O João Marcondes, que comanda o time de Suzano e tem o projeto nas escolas, é muito meu amigo. No que precisar ele sabe que é só chamar.
 
DS: De onde saiu à inspiração para montar um projeto (em Guarulhos) social e beneficiar jovens?
Serginho: Foi uma forma de mostrar as pessoas que o esporte é uma arma muito forte. Era o mínimo que eu tinha que fazer, depois de conquistar tudo pelo vôlei. O esporte hoje é uma ferramenta que abre portas para milhares de pessoas e também ensina valores de vida. 
 
DS: Qual foi auge da sua carreira?
Serginho: O ponto alto é estar aqui hoje. É muito gratificante ver que tudo deu certo e hoje posso estar transmitindo essa experiência aos jovens. Comecei a trabalhar com 12 anos, como empacotador de supermercado. Por meio de muita luta e de grandes oportunidades conquistei o que tenho hoje.
 
DS: Quais foram às maiores dificuldades e os aprendizados que teve durante sua trajetória?
Serginho: O que me lembro mais é de que meus pais não tinham condições para pagar a passagem para eu ir estudar e treinar. Além disso, muitas vezes eu não tinha tênis. Foi quando eu percebi que tinha que lutar para dar certo. O início da minha carreira foi até que engraçado. Participei de peneiras em times grandes na época, como a Pirelli e o Banespa, e não passei. Então surgiu a oportunidade de fazer um teste no Palmeiras. Quem me conhece sabe que sou corintiano roxo. Antes de ir realizar a peneira decidi que ia fazer tudo errado. No final, de muitos jovens eu acabei sendo selecionado. Não sabia o que fazer, ainda tive que tirar foto para a carteirinha do Palmeiras com a camisa do clube. Essa foto está muito bem guardada para que ninguém veja (risos).