Mais de 200 escolas estaduais localizadas no Alto Tietê se preparam para receber, enfim, 100% dos alunos a partir do próximo dia 2 de agosto - (Foto: Regiane Bento/DS)As 216 escolas estaduais localizadas no Alto Tietê se preparam para receber, enfim, 100% dos alunos a partir do próximo dia 2 de agosto. O anúncio foi feito pelo governador João Doria (PSDB) no último dia 7 e trouxe sentimentos de ânimo e também de preocupação para alguns pais e responsáveis.
Na região, a cidade que possui o maior número de unidades de ensino da rede estadual é Mogi das Cruzes, com 59 escolas. Em segundo está Suzano, com 45 escolas e Itaquaquecetuba com 44. A lista segue com Ferraz de Vasconcelos e Poá (17 em cada), Arujá (13), Santa Isabel (9), Guararema (6), além de Biritiba Mirim e Salesópolis (3 em cada).
De acordo com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, todas as escolas da região possuem a permissão para receber a capacidade máxima de alunos matriculados, respeitando a realidade de cada ambiente e exceto as escolas que neste momento passam por reformas emergenciais. Segundo a pasta, a expectativa é que os trabalhos sejam finalizados até o próximo semestre.
Por enquanto, essas unidades irão manter as aulas exclusivamente de forma remota pelo Centro de Mídias (CMSP) até a conclusão das obras. Além disso, as escolas em obras estarão abertas e, mediante agendamento, atenderão os alunos que necessitam de materiais didáticos de apoio para as aulas via CMSP.
O anúncio também definiu novas regras para a educação básica. A partir de agora, o distanciamento que antes era de 1,5 metro passa a ser de apenas 1 metro. No caso das instituições de ensino superior, públicas e privadas, a liberação de receber alunos com limite de até 60% da capacidade também está concedida.
Apeoesp
A notícia é vista com preocupação entre os representantes do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). De acordo com Ana Lucia Ferreira, diretora-executiva estadual da entidade, o retorno neste momento representa sérios riscos.
“O Governo está errado por permitir o retorno desta forma. Não somos contra a volta das aulas presenciais, mas que seja feita de forma segura. Nem todos tomaram a 2ª dose da vacina contra a Covid-19", explica.
A entidade questiona a falta de investimentos para a segurança sanitária da comunidade escolar. Em maio, a Apeoesp denunciou um surto de Covid-19 na Escola Estadual Profª Alice Romanos, localizada no Jardim Luella, em Suzano. As aulas foram suspensas por uma semana no local.
