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Jornal Diário de Suzano - 14/12/2025
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Região

Chove menos do esperado em outubro, e represas seguem em baixa no Alto Tietê

Sistema Produtor do Alto Tietê (Spat) atua com apenas 22,2% de sua capacidade total

28 outubro 2025 - 09h00Por Gabriel Vicco - da Reportagem Local

Após mais um mês de poucas chuvas, o Sistema Produtor do Alto Tietê (Spat) segue atuando em baixa: apenas 22,2% de sua capacidade total. A expectativa de chuvas no mês era de 107,6 milímetros, mas choveu apenas 52,1% desse total, ou seja, 56 milímetros. Os dados são da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

O DS noticiou, no dia 9 de setembro, que o nível do Spat era o menor desde 2016. Na ocasião, o sistema operava com 28,01%. Desde aquele dia, o nível de água dos reservatórios recuou mais 20,7%.

Apenas uma das represas atua acima dos 25% de sua capacidade total: o manancial Biritiba, que opera com 27,5%. Ponte Nova, com 24,3%, e Taiaçupeba, com 23,5%, aparecem depois. As duas que operam com o menor volume são Paraitinga, com 21% de sua capacidade total, e Jundiaí, com 11,1%.

Sabesp

O DS entrou em contato com a Sabesp para saber o que tem sido feito para que as represas da região voltem a atuar com alta capacidade. A companhia informou que investiu R$ 625 milhões em segurança e resiliência hídrica apenas neste ano. Até o mês de agosto foram investidos R$ 298 milhões.

“Uma das frentes da companhia é o investimento em obras para trazer água nova para o Sistema Integrado Metropolitano (SIM). Entre este ano e 2027, serão adicionados 5.700 litros por segundo de água bruta às represas, ou seja, novas fontes para alimentar os mananciais”, disse a Sabesp.

Uma das novas fontes é a transferência de água do rio Itapanhaú para o Spat, que está em operação assistida. A água bruta, de acordo com a Sabesp, é captada no Rio Sertãozinho e levada por meio de adutoras por 9 quilômetros até desaguar na represa Biritiba.

“A nova estrutura está bombeando 300 litros por segundo desse rio para uma das represas do sistema. Neste momento, está sendo instalada a linha de transmissão de energia que permitirá que a estrutura opere em potência máxima. A entrega está prevista para o primeiro semestre de 2026, adicionando mais 1.700 l/s”, continuou a companhia.

A empresa ainda reforçou que ampliou a redução da pressão noturna na Região Metropolitana de São Paulo, uma medida preventiva e de contingência temporária com a finalidade de preservar os níveis de água dos reservatórios e mananciais. Desde o dia 22 de setembro, a pressão de água está reduzida das 19 às 5 horas.

Balanço

A redução da pressão da água no período noturno começou no dia 27 de agosto, das 21 às 5 horas. Em 21 dias, foram economizados 7,26 bilhões de litros de água, volume suficiente para abastecer mais de 800 mil pessoas durante um mês.

“A medida evitou uma queda maior do nível dos mananciais. No entanto, diante dos eventos climáticos e cenário de chuvas abaixo do esperado, a Agência Reguladora de Serviços Públicos de São Paulo (Arsesp) determinou ampliar o período para a recuperação dos reservatórios”, finalizou a Sabesp.

 

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