Em uma era de espaços culturais abandonados e financiamentos escassos, o documentário "Teatro Não Se Fecha" surge como testemunho silencioso de uma guerra particular: a luta diária dos artistas que se recusam a deixar a cultura morrer. Na próxima sexta-feira (13/06), Suzano recebe uma exibição especial do filme que acompanhou os derradeiros momentos do coletivo Contadores de Mentira - grupo que, durante 12 anos, transformou ruas em palcos e limitações em arte. A sessão ocorre às 19h, em um espaço localizado na Rua José da Costa Conceição, 65, no Centro. A entrada é gratuita, e os organizadores recomendam chegada antecipada para garantir lugar.
Com imagens cruas e depoimentos, a obra de Douglas Cordeiro registra o fechamento do espaço ocupado pelo grupo teatral em Suzano e revela o custo humano de manter viva a chama do teatro quando tudo conspira contra ele. Após a sessão, o diretor do filme, Douglas Cordeiro, a roteirista Victória Elizabeth e parte do elenco que integra o filme, participam de um debate sobre o futuro da cultura independente;
O filme, que já circulou por festivais nacionais, é um registro sensível da resistência artística em meio às dificuldades financeiras e ao desmonte de políticas culturais. Com imagens que mesclam ensaios, apresentações e depoimentos dos integrantes do grupo, a obra captura a força do teatro independente e sua capacidade de transformação social.
Arte que resiste - O Contadores de Mentira foi um dos coletivos mais atuantes na região do Alto Tietê, conhecido por montagens que misturavam sátira, drama e intervenção urbana. O grupo, que atuou por mais de uma década, encerrou suas atividades em 2023, mas seu legado permanece vivo no documentário.
"Era importante registrar esse processo de despedida, mas também de celebração", explica Douglas Cordeiro, diretor do filme. "O teatro independente vive de afeto, de improviso e de uma coragem que não cabe em planilhas. Quisemos mostrar essa chama que não se apaga, mesmo quando as portas parecem fechar."
A roteirista Victória Elizabeth, que acompanhou o grupo durante os últimos dois anos de existência, destaca a importância da memória. "Muitos grupos surgem, fazem história e desaparecem sem deixar registro. Esse filme é uma forma de não deixar que essas vozes se percam", afirma.
Cultura como resistência - A sessão em Suzano tem um significado especial, já que a cidade foi palco de parte das apresentações do grupo. O local escolhido para a exibição, um espaço cultural no Centro, promete uma atmosfera intimista, em sintonia com o tom do documentário.
Serviço
Data: 13/06/2025 (sexta-feira)
Horário: 19h
Local: Rua José da Costa Conceição, nº 65 – Centro, Suzano-SP
Entrada gratuita (sujeito à lotação)




Sessão ocorre às 19h, em um espaço localizado na Rua José da Costa Conceição, 65, no Centro - (Foto: Divulgação)




