Morando em Portugal há cinco anos, o poaense Fabio Fernandes, de 41 anos, teve sua mala furtada no aeroporto de Guarulhos, no último dia 6, quando desembarcou em São Paulo. Vindo em uma viagem à trabalho, o empresário de atletas de futebol pretendia aproveitar a viagem para rever amigos e familiares que moram em Poá, mas os transtornos causados pelo furto transformou a viagem em dor de cabeça.
“Eu embarquei em Lisboa na sexta-feira, dia 5, e cheguei em São Paulo no dia 6. Quando fui receber a bagagem em Guarulhos, a companhia aérea responsável pelo vôo chamou eu e mais algumas pessoas para dizer que a nossa mala não havia sido embarcada em Lisboa”, explica.
De acordo com Fábio, na conversa, ficou combinado que as bagagens e pertences chegariam entre segunda-feira (8) a quarta-feira (10).
“Ficamos irritados, afinal, a mala já deveria ter chegado. Foi oferecido uma quantia de 50 euros para que eu pudesse gastar em necessidades básicas, como remédios ou roupas, até que a mala chegasse” conta.
Aparentemente com a situação resolvida, a orientação de aguardar a mala chegar foi seguida pelo poaense. Até que na quarta-feira, - último dia do prazo para a mala chegar -, as noticias foram ainda piores.
“Passei o endereço da casa da minha irmã para que a transportadora pudesse entregar a bagagem. Como não estava no local, pedi para a minha sobrinha receber a mala, já que eu não estava em casa naquele horário”, relata.
Como forma de garantia do recebimento dos itens, a sobrinha de Fábio foi orientada a pedir um papel de comprovante no recebimento da mala com a transportadora, que reagiu de forma suspeita no momento da entrega.
“Minha sobrinha questionou sobre o documento, mas eles não deram a ela. Deixaram a mala na calçada e dispararam com o carro, saíram muito rápido”, explica.
Ao chegar em casa e encontrar a bagagem, o empresário notou que o peso estava diferente e o lacre estava rompido. De acordo com ele, a mala foi embarcada com 23kg, já que havia muitas roupas, perfumes e itens para a viagem. Com a mala aberta, apenas duas peças de roupa foram encontradas.
Em seguida, Fábio buscou ajuda no aeroporto de Guarulhos, onde realizou um Boletim de Ocorrência (B.O). No local, as autoridades disseram que o caso entraria em investigação. Em contato com a companhia aérea, o processo foi mais complicado, ele explica.
“Pediram notas fiscais do que havia na mala, coisas que são difíceis de se ter já que são coisas usadas. Mesmo assim, apresentei 1.500 euros de nota fiscal, que dá quase R$ 11 mil. Em contrapartida, eles me ofereceram 29 euros, que dá quase 200 reais”, reclama.
Recorrência
O poaense, morador de Lisboa, acredita que o furto tenha ocorrido nas dependências do aeroporto de Guarulhos. Em pesquisa feita pela vítima, foi identificada outras reclamações parecidas sobre o furto de malas.
“Parece que é uma quadrilha que existe dentro do aeroporto. O que é muito estranho, já que as bagagens possuem documentos específicos”, disse.
Com o fechamento dos comércios na atual fase emergencial do Plano São Paulo, Fábio segue sem resposta sobre seus pertences ou alguma forma de ressarcimento da companhia de aviação.
“Estou perdido. Fiquei no prejuízo e não sei o que fazer. Além de que está tudo fechado por conta da pandemia. Não consigo nem comprar roupas nesta fase atual”, lamenta.
Procurados para comentar o assunto, a companhia de aviação e o Aeroporto de Guarulhos não responderam o contato do DS até o fechamento desta reportagem.




Poaense, morador de Lisboa, denuncia furto de malas no aeroporto de Guarulhos - (Foto: Divulgação)




