domingo 14 de dezembro de 2025Logo Rede DS Comunicação

Assine o Jornal impresso + Digital por menos de R$ 34,90 por mês, no plano anual.

Ler JornalAssine
Jornal Diário de Suzano - 14/12/2025
Envie seu vídeo(11) 4745-6900
Cidades

Alta do preço da carne faz crescer procura por miúdos de frango e ossos

Donos de açougues confirmam que também existe procura por ossos, mas descartam vendas. O DS fez a consulta ontem no comércio da cidade

10 novembro 2021 - 05h00Por Thiago Caetano - de Suzano
Com o preço da carne cada vez mais alto, os consumidores têm buscado alternativas mais baratas para levar uma mistura para casa. Mais em conta, os miúdos de frango têm ganhado a preferência dos clientes em Suzano. Além disso, os açougues confirmam que também há procura por ossos.
 
Entretanto, dos estabelecimentos entrevistados, todos descartaram a venda. No açougue do gerente Sebastião Aparecido, no Centro, a procura pelos miúdos cresceu em até 30%. O fígado de frango é vendido por R$ 5,99. A moela e o coração de frango custam R$ 14,99 e R$ 29,99, respectivamente. O pé de frango e a costela também ganham espaço no cardápio dos consumidores.
 
“As pessoas estão migrando mais para o frango, por estar mais em conta. De fato, hoje temos vendido mais miúdos”, disse o gerente. Segundo Aparecido, o estabelecimento não vende ossos. O gerente confirmou que os ossos são procurados, em sua grande maioria, por pessoas em situação de rua. Outros, pedem doação. Os ossos são recolhidos por uma empresa terceirizada que faz o serviço para o açougue.
 
“Muitos pedem para doar. Dá para entender que, infelizmente, muitas pessoas estão pobres. Mas não vendemos. Não achamos legal vender. Nós ajudamos. Muitos moradores em situação de rua pedem e nós doamos algumas coisas. A procura é grande”, explicou.
 
Fígado de frango, pescoço e moela têm preços variados
 
No açougue de Paulo Silas da Silva a procura cresceu 40%. 
 
O fígado de frango é o mais procurado e é vendido por R$ 6,29. 
 
O pescocinho e a moela custam R$ 7,49 e R$ 15,50, respectivamente.
 
“Cresceu bastante. Sempre teve uma boa procura por fígados. Os clientes pedem e dão aos cachorros e gatos. Também pedem sebo e retalho”, disse.
 
Silas também destacou a procura pelos ossos. 
 
“Muitos pedem. Falam que é para o cachorro, mas pedem para cortar. Aí percebemos que é para fazer sopa ou caldo, a fim de complementar no almoço e na janta. Os ossos são reaproveitados”.
 
Ela também descartou vender ossos.
 
“Nós damos. Está difícil para todos. É uma injustiça com o cliente”, afirma.
 
O preço alto da carne fez Maria José de Oliveira optar pelos miúdos. Ela lamenta a situação. 
 
“Hoje compramos de acordo com o que temos no bolso. Está tudo ficando mais caro, não só a carne. Cada compra que fazemos os valores ficam diferentes. Difícil”, finalizou.

Deixe seu Comentário

Leia Também