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Polícia

Canil da PM treina 15 cães para contenção e combate às drogas

Bom desempenho do cão Judá contra as drogas ganha os noticiários da região desde 2014

05 novembro 2017 - 11h11Por Marília Campos - de Suzano
A equipe do Canil do 32° Batalhão da Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) de Suzano encerrou o mês de outubro com êxito em ao menos sete operações no Alto Tietê, sendo seis ocorrências de tráfico e uma captura de procurado, além de 10 prisões. O bom desempenho do cão Judá contra as drogas ganha os noticiários da região desde 2014, isso porque o pastor belga de Malinois realizou a primeira localização ainda aos sete meses de vida. Atualmente, a setorial conta com 15 cachorros operacionais, três deles são de faro e os demais treinados à contenção.
 
Todo o treinamento e cuidado dos animais ficam por conta de duas equipes de oito agentes da Polícia Militar (PM). A reportagem do DS foi recebida no Canil pela liderança do Capitão Galvão Júnior e do Sargento Lucena, além da pequena Luna, uma rottweiler de apenas três meses. A caçula da casa é dócil e muito brincalhona. "As qualidades do filhote são analisadas para o trabalho que irá desenvolver. Se ele é curioso, persistente ou um animal passivo o suficiente para fazer apresentações ao público", disse Lucena. 
 
De acordo com o Sargento, este diagnóstico acontece desde o primeiro dia, visando sempre o bem-estar animal. "Luna se demonstra como conduta de patrulha e boa para apresentações", observou. Assim como as qualidades de cada animal, as características das raças também são levadas em consideração na hora do adestramento. Por exemplo, os cães pastor belga de Malinois e labradores são indicados ao trabalho de faro, enquanto os rottweiler e pastor alemão costumam ser bons para guarda.
 
Um corredor estreito leva ao espaço dos cachorros. Cada repartição contém o nome, raça e agente condutor do animal. Por trás das portas reforçadas, os cães de guarda se agitam com o movimento estranho, mostrando que estão preparados. Já na área descampada, se dá o acesso à área de treinamento dos farejadores. "O trabalho é feito de forma lúdica. O cão farejador deve ser curioso e persistente. Apresentamos brinquedos e, aquele que ele mais gosta, será usado no adestramento", elucidou o Sargento. 
 
Treinamento
 
Os cachorros passam por treinamentos diários, cada qual com o policial condutor correspondente. A ligação entre os animais e os agentes se dá pelo entendimento de personalidade. Antes de realizar uma demonstração, o Capitão pontua o desenvolvimento das células olfativas dos cães. "Enquanto entramos em uma cozinha e sentimos o cheiro de bolo, os cães conseguem detectar o odor de cada ingrediente da mistura", exemplificou. "O olfato é o sentido mais apurado deste animal. É impossível enganar um cachorro". A equipe relembra que, certa vez, traficantes misturaram pó de café junto às drogas para tentar, em vão, inibir a atividade do Canil.
 
O adestramento é baseado na troca, através do aprendizado. Depois de adotar o brinquedo favorito e passar a encontrar-lo com facilidade em todo canto escondido, a cronometragem média de cada animal é anotada em um quadro, e então é hora de fazer o aparelhamento. "Se nos levar até o odor desejado, o cão recebe o brinquedo", diz Lucena.
 
O Sargento explica que as aulas são curtas e repetitivas, a fim de sempre reforçar os exercícios, sem decair o animal. "O cachorro ama o brinquedo que escolheu. Para receber esta recompensa, ele faz qualquer coisa. Então ele vai localizar objetos pelo faro. Não apenas drogas, mas também é ensinado a identificar explosivos e pessoas. Se ele me levar ao odor específico, vai conseguir o brinquedo". 
 
 

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