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Jornal Diário de Suzano - 14/12/2025
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Cidades

Comissão da Infância da OAB alerta sobre riscos de 'adultização'

Vídeo do influenciador Felca "Adultização" tem 36 milhões de visualizações

17 agosto 2025 - 08h00Por Yasmin Torres - da Reportagem Local

A exposição precoce e intensa de crianças nas redes sociais, esse foi o tema abordado pelo influenciador Felca em seu vídeo intitulado “Adultização”. Publicado na última quinta-feira (7), o vídeo já tem 36 milhões de visualizações e gerou debate entre diversas regiões do país. Em Suzano, o DS procurou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para entender a relevância do assunto e quais medidas podem ajudar a prevenir o problema.

Segundo a presidente da Comissão da Infância e Juventude da OAB Suzano, Márcia Inácio, o uso excessivo das plataformas pode colocar crianças e adolescentes em situação de risco.
“Isso acelera comportamentos e estéticas que não condizem com a idade e é preciso agir de forma preventiva e educativa para preservar o desenvolvimento saudável dos jovens”, afirmou.

Para reduzir esse tipo de exposição, Márcia recomenda iniciar com supervisão e diálogo constante. “Acompanhar de perto o tempo de uso, o tipo de conteúdo consumido e as interações é fundamental. Conversas abertas sobre riscos, como comparações excessivas, contato com desconhecidos e superexposição, ajudam a criar consciência e segurança”, disse. 

Ela acrescenta que o controle de privacidade é essencial: “manter perfis fechados, limitar quem pode ver e comentar postagens e evitar a divulgação de informações pessoais são cuidados básicos para reduzir vulnerabilidades”.

Outro ponto destacado pela advogada é o consumo de conteúdo adequado à faixa etária. “Fotos, vídeos ou textos com conotação sexual, poses adultizadas ou roupas inadequadas devem ser evitados. Também é importante desencorajar a imitação de influenciadores que apresentem comportamentos incompatíveis com a idade”, explicou.

Limites de uso, educação digital e participação ativa de adultos são medidas que, segundo ela, precisam estar presentes no cotidiano das famílias. “Nada de imagens em trajes íntimos ou em situações vulneráveis, como praia, quarto ou banho. É preciso ter cuidado com ‘desafios’ e trends que exponham o corpo ou a intimidade”, ressaltou.

Márcia conclui reforçando a importância da orientação:

“A presença dos pais, responsáveis e educadores é fundamental. Devemos ensinar a diferenciar o que é real do que é editado, explicar que nada publicado na internet desaparece de fato e tratar de temas como cyberbullying, assédio e canais de denúncia. Também é importante dar exemplo de uso consciente e buscar informações sobre segurança digital por meio de oficinas e palestras”.

A mensagem final é direta e deixa claro o que deve ser feito: “Proteger a infância nas redes sociais é um compromisso coletivo. A segurança começa em casa, mas precisa ser compartilhada por todos”, terminou a doutora.
 

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