Das sete famílias das vítimas fatais do massacre na Escola Estadual (E.E) Profº Raul Brasil, cinco já se manifestaram a favor do acordo das indenizações, proposta pelo Governo de São Paulo. De acordo com a Defensoria Pública do Estado, dessas cinco famílias, duas já receberam o pagamento e as outras três estão no processo de documentação.
As outras duas famílias também sinalizaram positivamente para o acordo, porém ainda não protocolaram a documentação necessária na Procuradoria Geral do Estado (PGE). Além das famílias das vítimas fatais, os 11 sobreviventes ao ataque também receberão a indenização. Os valores começam a ser discutidos na segunda-feira (29). A família da oitava vítima fatal, o tio de um dos atiradores, não está inclusa na lista do Estado para receber a indenização porque o óbito da vítima não aconteceu dentro da escola.
Durante coletiva de imprensa, realizada nessa quinta-feira, 25, na sede da Secretaria de Saúde de Suzano, que contou com a presença do secretário Cláudio Guillaumon, a 1ª subdefensora pública-geral do Estado, Juliana Garcia Belloque, explicou que as indenizações as vítimas (fatais e lesionadas) irão cobrir danos morais e patrimoniais e que por esse motivo serão pagos dois valores.
"Um deles será em parcela única e o outro em forma de pensão. No caso da pensão, quem recebe o recurso são os dependentes da vítima: filhos, maridos, etc. No caso dos adolescentes, quem recebe são os pais. Ainda em relação às vítimas fatais, os valores indenizatórios já foram definidos para os familiares".
Os valores são sigilosos para preservar as famílias. Portanto, não foi divulgado valor de piso ou teto das indenizações. Entretanto, Juliana descarta o valor estipulado inicialmente pelo governador João Doria (PSDB), de R$ 100 mil, dizendo que o governo se precipitou em anunciar o montante. "Esse (R$ 100 mil) não é o valor que vamos pagar, isso eu posso garantir. Mas não posso dizer se os valores propostos as famílias são maiores ou menores que esse. Essa informação não posso divulgar", explica.
A Defensoria Pública, junto com os familiares, tem 40 dias para entregar a documentação necessária para o pagamento da indenização, já que a diretriz da comissão executiva (que cuida do caso) estipulou o prazo de 60 dias para a finalização dos trabalhos.
"As analises dos documentos estão sendo feitas rapidamente e o governo, assim que tem o aval, imediatamente está fazendo o pagamento das indenizações. Isso é inédito e bastante singular" conta Juliana. "Mesmo assim, estamos respeitando o tempo de cada família. A Defensoria estará ao lado dos familiares para qualquer escolha que façam", acrescenta.
Caso algum familiar não aceite o valor proposto e queira recorrer a um processo judicial, a Defensoria estará disponível para acompanhar o caso.




Detalhes sobra indenizações foram dadas na coletiva - (Foto: Irineu Júnior/Secop Suzano)




