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Jornal Diário de Suzano - 14/12/2025
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Cidades

Fiscalização ambiental desfaz condomínio irregular em área de mananciais em Suzano

Local já contava com portaria, casas em obras, além da comercialização de 90 lotes para a construção de residências

04 março 2023 - 05h00Por de Suzano
A Diretoria de Fiscalização Ambiental da Prefeitura de Suzano promoveu, na manhã desta sexta-feira (03/03), mais uma ação para desfazer a construção irregular no Jardim dos Eucaliptos, distrito de Palmeiras. Depois de encerrar intervenções ilegais que estavam sendo feitas em uma propriedade na estrada do Kisaki, na sexta-feira da semana passada (24/02), a pasta do Meio Ambiente chegou à rua Odílio Cardoso número 4.000, para garantir a interrupção das obras de um condomínio que estava sendo levantado em uma área de mananciais. A atuação de Suzano frente às construções irregulares rendeu elogios por parte da Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade (CFB)
 
O espaço abrange aproximadamente 500 mil metros quadrados onde, no mínimo, 90 lotes de pelo menos 1 mil m² estavam sendo comercializados, visto que o projeto que havia sido indeferido pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) constava com 194 lotes. Mais de 25 pessoas participaram da ação, que também envolveu as Secretarias de Governo e Segurança Cidadã e órgãos estaduais.
 
Para garantir a segurança dos presentes, foram mobilizadas a Polícia Militar Ambiental e o Grupamento de Proteção Ambiental (GPA) da Guarda Civil Municipal (GCM). A execução do desfazimento ficou por conta dos agentes do Departamento de Fiscalização de Posturas da prefeitura. Para acompanhar os trabalhos, foram convocados órgãos estaduais de fiscalização ambiental, como a CFB e a Cetesb. Representantes dos Conselhos Regionais dos Corretores de Imóveis (Creci) e de Engenharia e Arquitetura (Crea-SP) também compareceram ao local. Um representante da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) foi convidado para conferir os trabalhos.
 
Os órgãos que compareceram ao processo de desfazimento formam o Grupo de Fiscalização Integrada do Alto Tietê Cabeceiras (GFI-ATC)), que promove ações de combate aos crimes ambientais no Alto Tietê. O coordenador da equipe é o especialista ambiental Marcelo Borges, integrante da CFB. Ele ressaltou o protagonismo que o município vem exercendo com relação às ações de proteção ao ecossistema. “Suzano é a cidade que mais tem combatido essas práticas dentre as 39 cidades em que atuamos”, destacou o especialista.
 
Borges e os demais presentes flagraram um homem trabalhando em um trator em uma Área de Preservação Permanente (APP) dentro da propriedade em que estava sendo construído o condomínio. A PM Ambiental interrompeu prontamente a atividade para apreender o equipamento e multar o indivíduo.
 
Outros dois homens foram identificados no local com uniformes de trabalho, além de um grupo de três pessoas, que, quando questionadas, informaram que estavam ali para visitar o local com interesse de compra. Na área havia uma portaria já construída, com acabamento e mobiliário, quatro casas em construção e o início da obra de uma piscina, além de muros e vários postes de madeira, por onde estava sendo captada energia elétrica de maneira irregular.
 
Essa área já havia sido embargada em 2021, quando a Diretoria de Fiscalização Ambiental percebeu as primeiras intervenções irregulares. Na ocasião, o espaço era supostamente propriedade do mesmo homem que estava por trás das construções irregulares na estrada do Kisaki, onde foi realizada a interrupção na semana passada. 
 
A diretora de Fiscalização Ambiental de Suzano, Solange Wuo, ressaltou a mobilização dos órgãos em torno da ação desta sexta-feira. “A presença de todos esses órgãos que aqui estiveram é a prova do apoio efetivo que estamos recebendo e o resultado da fiscalização integrada vivida na prática”, sublinhou a diretora. O diretor do departamento de Fiscalização de Posturas, Edson Tavares, destacou que os equipamentos que promovem os desfazimentos são acionados porque os infratores insistem em construir de maneira irregular, mesmo após os embargos.
 
“Nós necessitamos executar os desfazimentos se não forem respeitadas as determinações da prefeitura”, destacou Tavares.

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