Pelo menos 40 mil correspondências, entre cartas e mercadorias, estão atrasadas nos Centros de Distribuição Domiciliária (CDDs) da região. A informação veio do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo (Sindect).
O diretor da base do Sindect no Alto Tietê, Milton de Jesus Miguel, conversou com a reportagem e explicou que todos os Correios retomaram as suas atividades.
"Os serviços voltaram na quarta-feira (18). Depois de decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), um acordo foi feito e os funcionários dos Correios retomaram as atividades, pelo menos até o dia 2 de outubro, quando ocorre o julgamento do dissídio coletivo", explicou o diretor da base, Milton.
O dissídio coletivo é um termo do Direito do Trabalho, que deixa a cargo da Justiça do Trabalho propor o acordo entre as partes.
Como o acordo entre os trabalhadores dos CDDs e os patrões não teve uma resolução, será feito um "julgamento de dissídio coletivo" para definir o embate entre as partes.
Milton disse à reportagem que está confiante para a resolução dos problemas. Ele informou que "os trabalhadores dos Correios têm aceitado as propostas feitas pelo TST em toda a mediação".
Suprir
Para suprir as mercadorias atrasadas (40 mil), os funcionários dos Correios assinaram acordo para entregar todas as correspondências até segunda-feira (23). A informação também foi passada por Milton.
"Os funcionários assinaram um acordo para trabalharem no fim de semana. A intenção é que entreguem todas as correspondências atrasadas até a próxima segunda, e para isso vão ter de trabalhar todos esses dias".
CDD Suzano
Em nota o Correios disse que todas as unidades da empresa estão funcionando normalmente em todo o Brasil, e com “efetivo da empresa trabalhando regularmente”.
Correios
Em nota o Correios disse que a previsão é de que as correspondências normalizem em uma semana. Sobre dissídio coletivo, a empresa espera que os problemas sejam resolvidos.
“A empresa espera chegar a um entendimento razoável sobre o ACT 2019/2020, com a confiança de que o Tribunal reconhece a importância de, neste momento, retomar o equilíbrio financeiro de uma empresa tão estratégica quanto os Correios”, disse a empresa.