As rápidas mudanças climáticas que vêm acontecendo trazem prejuízos para os trabalhadores rurais de Suzano. Eles buscam alternativas para evitar prejuízos na produção rural.
O clima de alta temperatura atrapalha todo o processo produtivo, é o que explica o presidente do Sindicato Rural de Suzano, Ricardo Sato. “A mão de obra humana não tem eficiência, aumenta o uso de água para irrigação, doenças bacterianas também aumentam. Principalmente o ‘stress’ dos cultivares decorrente do calor, pois as hortaliças, na sua totalidade, são de clima ameno”, explica.
Ele conta com detalhes como essas rápidas mudanças atrapalham o trabalho rural. “A mudança repentina, mesmo previsível como nos dias de hoje, ainda vai atrapalhar por muitos anos na produção agrícola. Por exemplo: a couve flor tem sua produção no período de inverno, onde é necessário um clima regular. Com um pico de calor acima de 24 graus, ela deixa de produzir a flor”.
Para Roberto Calixto, as variações podem fazer com que os produtos não cheguem aos mercados na melhor qualidade.
“Com essas variações, que chegam a passar de 15 graus em um dia, causam mal desenvolvimento, perda de qualidade. A gente perde o padrão. Isso prejudica muito porque cai absurdamente a produtividade e a mercadoria que vai para o comércio não vai no alto padrão”.
Calixto continua dizendo que, com as mudanças, “fica difícil se prevenir”. “Esse tipo de variação que ocorreu agora, não tem como se prevenir. A gente tenta se precaver no extremo verão, mas nessa época de variações rápidas não tem o que fazer”.