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Jornal Diário de Suzano - 14/12/2025
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Alimentação

Nutricionista explica polêmica sobre utilização de adoçante aspartame

Produto foi considerado pela OMS cancerígeno. Daniella explicou alternativas em entrevista ao DS

23 julho 2023 - 12h00Por Fernando Barreto - da Reportagem Local

A nutricionista Daniella Moreira explicou, em entrevistado ao DS, a polêmica sobre o uso do adoçante aspartame, recentemente considerado cancerígeno pela OMS. Ela afirmou que a redução pode ser necessária, principalmente em quem toma refrigerante “zero açúcar”.

Daniella é mestre em Nutrição Humana Aplicada pela USP. Coordena o Curso de Nutrição do UniPiaget. 

Ela afirmou que “o importante para a população é saber que existe um valor, um limite aceitável de ingestão” e alerta para quem toma muito refrigerante. 

“Esse valor é de 40mg por kilo de peso ao dia. Ou seja, uma pessoa com 70 kg (de peso) poderia ingerir até 2800 mg de aspartame ao dia, o equivalente a aproximadamente 9 latas de refrigerante zero ao dia. Fica um alerta mesmo para aquelas pessoas que têm o hábito de consumir 2 litros de refrigerante ao dia, todos os dias, essa é a maior preocupação”, afirmou Daniella. 

O aspartame foi considerado pela OMS cancerígeno. Segundo Daniella, o produto é utilizado em muitos outros, “alguns que as pessoas nem imaginam”. 

Ele foi desenvolvido e é muito utilizado por ser muito igual ao sabor quando adoçado com açúcar.

“Muitos produtos utilizam este tipo de edulcorante, como alguns molhos de tomate, refrigerantes, doces light ou com apelo de zero açúcar”.

O aspartame, segundo explicou Daniella, é um adoçante artificial, produzido em laboratório. “No caso do aspartame é uma junção de 2 moléculas de aminoácidos, o ácido aspártico e a fenilalanina, que dão esse sabor muito próximo ao sabor do açúcar”.

Estévia

Questionada sobre o uso de outros tipos de adoçantes para substituir o aspartame, Daniella citou os naturais. Entre os mais conhecidos é o estévia, mas ela lembra outros: “Pode ser substituído por qualquer adoçante natural, como estévia, frutose, sorbitol, xilitol, taumatina”.

Ela também reforça a possibilidade do uso de mel para adoçar. O mel, segundo explicou, é outro adoçante natural.

“Mel é um tipo de adoçante natural, pode e deve ser utilizado pela população. Há diversos tipos de méis com propriedades terapêuticas sensacionais e devem ser consumidos diariamente”, afirmou.

Mas ela alerta que crianças menores de 2 anos de idade não podem ingerir mel, pois o alimento pode estar contaminado. Ainda sobre o mel, Daniella comentou que existem vários tipos, e ainda há dúvida sobre se “o verdadeiro cristaliza ou não”. A professora afirmou que mesmo o verdadeiro pode cristalizar, mas a depender do tipo, pode demorar mais. “Se for um mel de flor de laranjeira ele pode demorar muito mais para cristalizar que um mel de flor de eucalipto, por exemplo. Existem inúmeros tipos de méis, o que sempre recomendo é comprar de um mercado que tenha o produto devidamente identificado”, concluiu.
 

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