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Cidades

OAB acompanha denúncia de racismo ocorrido em perfumaria de Suzano

Vítima fez a denúncia através de postagem nas redes sociais e o caso chegou às entidades do Movimento Negro de Suzano

16 julho 2021 - 11h30Por Matheus Cruz - de Suzano
A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Suzano está acompanhando de perto a denúncia de um episódio de racismo, ocorrido na última semana em uma perfumaria no Centro da cidade. A vítima fez a denúncia através de postagem nas redes sociais e o caso chegou às entidades do Movimento Negro de Suzano, que acolheu a vítima e também acompanha o caso. 
 
No relato publicado nas redes sociais, a vítima informou que foi até a loja de cosméticos “Takara Beauty” no último dia 8 de julho, na busca por uma tinta de cabelo. Na ocasião, ela chegou a ser atendida por uma funcionária que não soube dar as orientações, chamando a segunda atendente para auxiliar a cliente. 
 
Após a cliente explicar as características da coloração desejada, a funcionária respondeu, de forma ríspida, que a tonalidade desejada a deixaria igual uma “neguinha de favela”. 
 
“Olhei espantada com tamanha falta de profissionalismo. Na hora caiu minha ficha, o ato de preconceito e racismo tinha acabado de ser destilado sobre mim, pois sou preta de cabelo black e moro em bairro humilde”, publicou a vítima nas redes sociais. 
Após o episódio, a vítima foi orientada pelas entidades Unegro, Negro Sim e Coletivo Anti-racismo Milton Santos, que representam o movimento negro na cidade, e procurou a Comissão de Direitos Humanos da OAB. 
 
De acordo com o presidente da Comissão, Renan de Lima Franco, o órgão teve uma primeira conversa com a vítima para ouvir o seu relato e orientá-la sobre as medidas judiciais cabíveis. Segundo ele, tecnicamente, ela foi vítima do crime de injúria racial. 
 
“Este episódio como qualquer outro que envolva discriminação é lamentável. Para combater o racismo é preciso falar sobre ele e suas práticas nocivas, dar voz à população negra que sofre diariamente, cobrar das autoridades políticas públicas de combate e a efetiva aplicação da lei”, explica o presidente da Comissão da OAB. A vítima foi procurada pela reportagem do DS para comentar o caso, mas informou estar psicologicamente abalada. 
 
Nota de repúdio 
 
Após a repercussão negativa do ocorrido, a perfumaria "Takara Beauty" publicou uma nota de repúdio por meio de suas redes sociais e afirmou que as duas funcionárias já foram identificadas e estão afastadas. “Infelizmente no dia 08/07 uma de nossas clientes foi vítima de uma atitude racista por uma das promotoras terceirizadas em loja, o que não condiz com os nossos valores. Somos um grupo que preza pela diversidade e pelo respeito".

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