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Cidades

Pelo menos 6 mil orelhões ainda ‘resistem’ no Alto Tietê

05 fevereiro 2017 - 07h00

A região ainda possui, ao todo, 6.307 orelhões. Mogi das Cruzes é a cidade que possui o maior número de telefones públicos, são 1.739. O município é seguido por Itaquaquecetuba, com 1.225 aparelhos, e Suzano, com 1.091. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) indica quatro orelhões para cada mil habitantes. A população tem usado cada vez menos o serviço e os celulares são apontados como principal motivo para o registro da queda. Em Ferraz de Vasconcelos, os munícipes contam com 583 orelhões. A Anatel, também contabilizou 429 telefones em Poá, 417 em Arujá, 309 em Santa Isabel, 255 em Guararema, 166 em Biritiba Mirim, e apenas 93 em Salesópolis. Raras são as pessoas que ainda utilizam o telefone público como meio de comunicação. Com a ascensão da telefonia móvel e de novas tecnologias, os cidadãos têm deixado de usar cada vez mais orelhão. Na cidade suzanense, a equipe do DS pode constatar que nem todos os aparelhos que resistem estão em uso. Instalações depredadas e telefones mudos são comuns. De acordo com a Anatel, a manutenção dos aparelhos é de responsabilidade da concessionária de telefonia fixa local. A Telecomunicações de São Paulo (Telesp) é responsável pelos cuidados na região. O marceneiro Cláudio José dos Santos se depara com um orelhão todas as vezes que visita o fornecedor. O estabelecimento fica na Vila Maluf e Cláudio conta que nunca chegou a usar o aparelho e nem mesmo sabe onde comprar um cartão telefônico. "Não vejo as pessoas usando. Só ando com o celular no bolso, despreocupado e sempre recarregado". O balconista Denis Henrique da Costa diz que a depredação não está apenas nos orelhões. "Muros, placas, lixeiras também são depredados. A bagunça está em todo lugar. Acho que só os mais antigos ainda usam orelhão. Não acredito que o plano de celular seja mais barato, mas é uma facilidade que temos". Na Vila Amorim, os orelhões também são esquecidos. Segundo o auxiliar de produção William Santos, os cartões telefônicos ainda são encontrados em padarias do bairro. "Uso o celular por conta da comodidade, está sempre comigo". A dona de casa Salete Corrêa compartilha da mesma opinião. "Eu nem reparo mais se existe orelhão na rua". Contudo, há quem permaneça com os costumes. É o caso da diarista Ilda dos Santos. "Eu não tenho celular. As pessoas abandonaram o telefone, se acham muito na tecnologia, mas eu gosto das origens", brinca a moradora do Jardim Colorado.

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