Um problema antigo continua preocupando moradores da Estrada do Areião, na altura da Vila Monte Sion, em Suzano. Muitos caminhões passam pela via carregando minério para uma empresa localizada na estrada. No entanto, resquícios do recipiente acabam caindo na pista. A passagem de outros veículos acaba levantando uma grande poeira que acaba invadindo as residências.
A situação faz os moradores temerem pela saúde. É o caso da aposentada Lúcia Maria dos Santos. O muro de sua casa está avermelhado. Na garagem, os bancos das motos também estão sujos, assim como o carro. Os veículos passaram por limpeza no domingo, segundo a moradora.
“É muito pó. A casa está muito suja. Lavei tudo no domingo e está sujo novamente. Infelizmente não fazem nada pela gente. Graças a Deus não tive problema de saúde ainda”, desabafa.
Os panos utilizados para fazer a limpeza do imóvel estão completamente avermelhados. As plantações, no fundo da casa, também são afetadas. A casa fica próximo da empresa. “É difícil morar aqui. As plantas são afetadas. Não dá para viver assim. Precisa de uma fiscalização maior aqui”,afirma. O cenário faz os moradores se precaver. Para beber água, Odalicia Pereira dos Santos troca os filtros diariamente. Ela sofre de sinusite, uma inflamação nas vias aéreas.
“Troco os filtros todos os dias. Tenho medo. Sofremos com esse pó. A água fica avermelhada”, relata. Murilo dos Santos também sofre com a situação. O jovem de 18anos trabalha em um estabelecimento localizado na via. A limpeza é diária. “É ruim e pode fazer mal à saúde. Suja todo o estabelecimento. Precisa ficar lavando toda hora”.
A dona de casa Elaine Vilela da Silva mora no início da rua, próximo à Rua Doutor Prudente de Moraes (SP-66). Ela também relata sofrer do mesmo mal, mas o cenário é um pouco mais tranquilo. “Limpo os móveis e depois estão sujos novamente. É muito minério. Neste trecho ainda é tranquilo”, disse.
PrefeituraSegundo a Prefeitura de Suzano, uma equipe do Departamentode Fiscalização e Posturas foi até a sede da empresa para notificá-la sobre a situação. Agora, o órgão aguarda o andamento do processo e o cumprimento das medidas para diminuir os problemas mencionados.
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e a empresa responsável pelo minério foram procuradas, mas não responderam até o fechamento desta reportagem.




Poeira preocupa moradores de bairro. Eles temem, inclusive, prejuízos à saúde por conta do problema - (Foto: Regiane Bento/DS)




