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Jornal Diário de Suzano - 14/12/2025
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Prédios abandonados em Suzano trazem riscos; proprietários são notificados

Estruturas são, na maior parte das vezes, lembradas pela aparência degradada

19 fevereiro 2023 - 10h00Por Guynever Maropo - da Região

A região central de Suzano é composta por diversos imóveis comerciais e residenciais, entres eles também há dois edifícios que estão abandonados há mais de 20 anos. 

Alguns foram "esquecidos" ainda quando estavam em construção, outros desocupados por falência ou por desinteresse do proprietário.

O que há em comum nesses imóveis é a memória de um projeto interminável na cidade. Além disso, as estruturas são, na maior parte das vezes, lembradas pela aparência degradada ou pelo prejuízo visual que traz ao centro do município. 

De acordo com a Prefeitura os imóveis são de propriedade particulares, ou seja, não são da Prefeitura, razão pela qual não há como o poder público investir na revitalização

Apesar disso, a administração municipal acompanha e monitora esse e outros lugares semelhantes para eliminar riscos e acionar os proprietários quanto à manutenção da segurança.

Proprietários notificados

Os proprietários são notificados duas vezes por ano, por meio da Secretaria de Planejamento Urbano e Habitação para que mantenham as estruturas dentro das normas, principalmente para garantir a integridade física das pessoas que passam em frente a esses locais. “Todos os itens mínimos necessários vêm sendo cumpridos pelos responsáveis”.

Segundo o engenheiro civil e professor Leonardo A. S. Corrêa, os prédios precisam ser analisados individualmente a fim de constatar quais são as “patologias”, “doenças da estrutura”, adquiridas pelo tempo e assim averiguar se os edifícios estão aptos para serem utilizados. 

O primeiro deles fica próximo ao cartão postal da cidade, na entrada do Centro de Suzano, uma vez que pode ser visto da estação de trens, na esquina da Praça João Pessoa com a Rua General Francisco Glicério, no Centro.

O prédio que "prometia" ser um ponto comercial de destaque, com muitas salas e empresas está com a obra parada há pelo menos mais de 30 anos, segundo o professor.

Ainda na região central, na Rua Júlio Alberto Mathey, próximo a Avenida Antônio Marques Figueira, há mais uma estrutura abandonada em meio aos prédios comerciais e residências há cerca de pelo menos 20 anos. 

O prédio de sete andares, com amplos apartamentos, parece deteriorado. Com paredes rasuradas por pichações, o último andar já foi alvo de incêndio.

Toda construção tem uma vida duradoura estipulada após a conclusão da obra. No caso desses edifícios, o engenheiro disse que elas podem estar instáveis por não terem sido concluídas também pela interferência do tempo, muitas vezes ocasionada pela chuva. 

“Todo o revestimento, cobertura e pinturas feitas na finalização da construção é para proteger e prolongar a vida útil do imóvel. Somente com análises minuciosas em cada prédio para saber como o tempo prejudicou as estruturas”, afirma o engenheiro Leonardo A. S. Corrêa. 

É preciso fazer uma análise do projeto inicial, estudar qual era a estrutura que o prédio foi construído e quais são as atuais condições da estrutura para assim avaliar se está adequado para uso. 

Para Corrêa, os edifícios do centro não têm mais estrutura para ser restaurados e colocados em uso novamente. Mesmo com a análise minuciosa e constatação de aptidão, Correa optaria pela demolição dos prédios. 

Caso não haja essa possibilidade, os proprietários podem ser acionados para pedir um investimento no reboco e na pintura da fachada do prédio na região central. Já que uma demolição daqueles edifícios precisa ser feita quebrando um andar de cada vez para evitar desabamento, sendo um método caro de demolição. 

“Acaba interferindo visualmente na fachada da cidade esses prédios inacabados. Se não fizer a demolição a alternativa é restaurar a fachada”, comenta.

A Prefeitura orienta a população que edifícios que apresentem dano estrutural e ameaçar a vizinhança ou transeuntes pode ser comunicada à Defesa Civil pelo telefone 4748-5394.

Em caso de problemas relacionados à segurança devem ser denunciados à Polícia Militar (PM), pelo 190, ou à Guarda Civil Municipal (GCM), por meio dos números 153 e 4746-3297. 

No caso de imóveis particulares com mato alto ou acúmulo de detritos, que ofereçam incômodo aos vizinhos, ou ainda que não estejam murados ou cercados, o Departamento de Fiscalização de Posturas pode ser acionado pelo telefone 4745-2046.

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