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Cidades

Prefeitura e Sindicato do Papel analisam fusão da Suzano e Fibria

Recente uniaõ das empresas não deverá trazer reflexos imediatos para a arrecadação e geração de empregos

23 março 2018 - 23h00Por Marília Campos - De Suzano
A recente fusão entre a Fibria e a Suzano Papel e Celulose não deverá trazer reflexos imediatos para a arrecadação e geração de empregos no município. O cenário é traçado pelo secretário de Desenvolvimento Econômico e Geração de Emprego de Suzano, André Loducca, e confirmado pelos sindicalistas papeleiros Márcio Cruz, conhecido como Bob, e Iduigues Martins (PT), também vereador de Mogi das Cruzes. 
Ludocca reconheceu a força de mercado que a empresa terá a partir de agora e ressaltou a importância em manter a sede da companhia na cidade. Contudo, o secretário ainda não tem expectativas de maiores arrecadações e mais empregos no município. 
 
"Acreditamos que, a curto prazo, não haverá grandes reflexos em relação à geração de emprego ou à arrecadação aqui na cidade, mas a notícia de tal operação nos traz muito orgulho, já que a sede da empresa se encontra em nosso município". 
 
O vereador mogiano Iduigues é membro do Sindicato Nacional dos Papeleiros (Sinap) e destaca a maior exportação resultante da fusão com a Fibria."À minha visão, se tornará mais competitiva pela junção. Mas não necessariamente significa mais empregos. As grandes empresas criam uma sinergia entre seus departamentos. 
 
O número pode reduzir. Por exemplo, um único engenheiro pode dar assistência, ao invés de dois que havia anteriormente- um para cada empresa. A ideia será de otimizar processos para gerir a produção. Como também pode acontecer com escritórios e determinados setores, que deverão ser fundidos em um só". 
 
Márcio Cruz, o Bob, é presidente do Sindicato dos Papeleiros de Mogi e região. Segundo ele, a compra da companhia não foi uma surpresa para a entidade sindical. "Tem um bom tempo desse 'namoro', entre a Fibria e a Suzano. Há mais de seis meses, cerca de um ano". 
 
Bob disse que a principal expectativa será gerada por parte dos trabalhadores da Fibria. "As tratativas são diferentes. Eram duas empresas, de atendimentos diferentes e performance no mercado. A fusão torna a Suzano a maior do mundo, numericamente dita em termos de produção", alertou. "Eu não conheço a realidade da Fibria. A empresa Suzano já é bem reduzida, temos que ver as políticas adotadas. É cedo para avaliação, mas com certeza terá adequações". 
 
Quanto aos reflexos no município suzanense, o sindicalista crê em poucas mudanças na logística da unidade. "Na fabricação, (o desempenho será de) nem mais, nem menos. Agora, o corporativo, o número de arrecadação, aumenta em muito. Em termos de unidade local, creio que não interfira. A capitalização de recurso geral, na macro Suzano Papel e Celulose, aí sim (será maior). Mas em relação à unidade de Suzano, não mexe em nada a princípio. A lógica é essa". 
 
O fortalecimento gerado pela fusão entre as empresas deverá ser sentido também nas atividades do sindicato papeleiro. "Aumenta nossas ações e conversas com outros sindicatos, se algo se projetar contra o trabalhador. A mobilização será maior no nosso campo de força". 

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