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Jornal Diário de Suzano - 02/11/2024
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Cidades

Proposta nacional prevê cotas para mulheres nas câmaras municipais

30 agosto 2015 - 08h00

Na última terça-feira, o Plenário do Senado, aprovou em primeiro turno, com 67 votos favoráveis e sete contrários, a proposta de emenda à Constituição (PEC) 98/2015, que garante às mulheres percentuais mínimos de participação na Câmara dos Deputados, nas assembleias legislativas, na câmara legislativa do Distrito Federal e nas câmaras municipais. Os vereadores do Alto Tietê também aprovaram a medida. De acordo com o texto, que passou pela Comissão Temporária de Reforma Política, 10% das cadeiras serão destinadas às mulheres na primeira legislatura subsequente à promulgação da emenda. Na segunda legislatura, o percentual mínimo será de 12%. E na terceira, as cadeiras destinadas às mulheres serão pelo menos 16% do total das casas legislativas. Segundo a vereadora de Itaquaquecetuba, Adriana Aparecida Felix (PR), a Adriana do Hospital, as mulheres têm mais sensibilidade para enxergar as dificuldades do cotidiano, além de possuir mais atenção aos detalhes. "É uma reforma muito importante, ter mais mulheres na política é um grande ganho para o País e, principalmente, para a família. Espero que tenha alteração no quadro municipal, hoje são apenas duas vereadoras em Itaquá, mas é necessário que tenha mais mulheres na Casa de Leis, nosso município é muito populoso e necessita do olhar feminino", explica. A vereadora de Poá, Jeruza Reis (PTB), atenta que o incentivo da participação feminina na política é válido. "No entanto, um patamar satisfatório seria quando não houvesse mais a necessidade de cotas, que fosse paritária, sem imposição de lei e sim, natural. Foi um avanço, temos de dar esse crédito, mas estamos numa fase de construção. Lugar de mulher é na política sim", afirma. O presidente da Câmara Municipal de Ferraz de Vasconcelos, Roberto Antunes de Souza (PMDB) é, totalmente, favorável ao texto. Para ele, no estado democrático de direito como é o caso do brasileiro não se deve ignorar a força da mulher na política. "Afinal de contas, hoje, com a chamada igualdade não tem cabimento impedir a presença da mulher no exercício da política em todas as esferas de poder". Souza concorda com Jeruza e frisa que o correto seria não existir nenhuma cota e destaca que homens e mulheres trabalham de maneira semelhante na política.