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Balanço

Registros de óbitos em cartórios colocam 2020 como o ano mais mortal da história do Alto Tietê

Ano foi considerado o mais mortal desde o início da série histórica de estatísticas da Arpen

31 janeiro 2021 - 05h00Por Matheus Cruz - da Região
Os Cartórios de Registros Civis das dez cidades do Alto Tietê apontaram crescimento de 19,45% no número de óbitos em 2020, em comparação com o registrado em 2019.
No ano passado, os cartórios da região registraram juntos o total de 10.743 óbitos, em 2019 eram 8.993. 
 
De acordo com a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen), 2020 foi o ano mais mortal desde o início da série histórica de estatísticas da associação. 
 
Em Suzano, os cartórios haviam registrado 1.298 óbitos em 2019. O número saltou para 1.490 no ano passado. De acordo com a Associação, nunca houve uma variação anual tão grande de óbitos como a ocorrida de 2019 para 2020. O crescimento verificado é atribuído à pandemia da Covid-19, que vem “contribuindo” diariamente para o aumento do número de óbitos.
 
Em Mogi das Cruzes, - cidade mais populosa da região -, o aumento também foi significativo. De acordo com a Arpen, 3.788 óbitos haviam sido registrados no ano retrasado. Já em 2020, o número saltou para 4.573. Em Itaquaquecetuba, 1.484 registros foram feitos em 2019, sendo que 260 óbitos a mais foram registrados em 2020: ato todo, foram 1.744. 
 
Ferraz de Vasconcelos teve o aumento de 124 óbitos registrados em 2020. Foram 1.037 no último ano, contra 913 em 2019. Cidade vizinha, os cartórios civis de Poá registraram 446 óbitos em 2019, no ano passado o número teve crescimento e atingiu 589. 
 
O mesmo cenário de aumento se repete nas demais cidades. Em Arujá, por exemplo; 411 registros foram realizados em todo o ano de 2019, sendo que em 2020 o número chegou a 550. De 362, Santa Isabel saltou para 410 óbitos registrados no ano passado. Guararema passou de 148 para 154 e Biritiba Mirim teve aumento de 76 para 121.
 
Do Alto Tietê, apenas Salesópolis registrou queda no índice de registros de óbitos nos cartórios civis. De 77 realizados no ano retrasado, 75 foram apontados em 2020.
 
A associação destaca que os números estão intimamente ligados à pandemia do novo Coronavírus, que no Brasil já matou mais de 200 mil pessoas. 
 
Com a eclosão da pandemia, muitos estados ainda editaram suas regras para o registro das mortes, expandindo os prazos, devido ao tempo necessário pelos órgãos de saúde para diagnosticar se os óbitos foram provocados pela Covid-19. 
 
A Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais, as mortes ocorridas em casa dispararam neste ano, apresentando aumento de 22,2%. Para a associação, esse crescimento se deve à insegurança dos cidadãos em comparecer nos postos de saúde e hospitais, que têm estado com suas capacidades de atendimento comprometidas. Foi observado que, entre as mortes ocorridas em domicílio, o maior crescimento foi de mortes causadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave, que aumentou 710%.

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