O secretário estadual da Justiça e Cidadania, e presidente da Fundação Casa, Paulo Dimas Mascaretti disse que o sistema socioeducativo do Estado de São Paulo é considerado exemplar.
A declaração foi durante o programa DS Entrevista, realizado na última terça-feira (28). O secretário afirma que a fundação não administra presídios e que não faz depósito de pessoas. “Nós temos unidades hoje com no máximo 66 internos, e eles recebem o que nós chamamos de medidas socioeducativas”, diz.
O Alto Tietê possui duas unidades da fundação em funcionamento, uma em Arujá e outra em Itaquaquecetuba. As duas unidades em Ferraz de Vasconcelos estão fechadas temporariamente. Os jovens foram transferidos, em meio a protestos dos familiares, para fundações no litoral paulista.
Atualmente, a Fundação Casa conta com 143 unidades em 52 municípios no estado. Segundo Mascaretti, quase 50% dos internos estão envolvidos com tráfico de drogas. Depois, entre 36% a 40% tem envolvimento com roubo, e o restante da porcentagem está divida entre furto e crimes hediondos, como latrocínio (roubo seguido de morte), crimes sexuais e homicídios. A faixa etária dos internos varia entre 12 a 18 anos.
Cravi
Oficialmente inaugurado na noite da última terça-feira (28), o Centro de Referência e Apoio à Vitima (Cravi) já está em funcionamento em Suzano.
Segundo o secretário, a cidade conseguirá suprir a demanda do Alto Tietê, mas ressalta que “se no futuro for necessário o reforço no quadro, isso irá acontecer”. O Cravi realiza o atendimento e acolhimento psicossocial à vítimas e familiares de vítimas de crimes violentos.
Maioridade Penal
Mascaretti também falou sobre a redução da maioridade penal. Para ele, essa redução não resolveria o problema. “Se nós reduzirmos a maioridade penal, não podemos simplesmente pegar esses jovens de 16 a 18 anos e colocar em presídios comuns. Vamos ter que colocá-los num regime próprio”, diz.
Demais Programas
Na ocasião, o secretário comentou sobre os demais programas que a Secretaria Estadual da Justiça tem desenvolvido. O fórum inter-religioso, que trabalha contra a intolerância religiosa, também o Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e a Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo, que atuam através de denúncias para coibir essas ações.
Somente em 2019, mais de 100 pessoas foram resgatadas pelo trabalho dessas iniciativas.




Paulo Dimas Mascaretti falou de ações da secretaria durante o programa DS Entrevista - (Foto: Jackeline Lima/ Divulgação)




