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Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
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Coluna

Revivendo tempos difíceis

16 março 2021 - 05h00
De novo convivemos com o número crescente de mortes e, infelizmente parece que isso não está incomodando as pessoas, principalmente as mais novas, que cheias de vitalidade estão cansadas do isolamento, sentem falta da companhia dos amigos, das conversas de bar...
No ano passado quando tudo começou e ficamos muito assustados, a preocupação era com as pessoas de mais idade, pois, a maioria já tem outros problemas de saúde e assim o Corona Vírus conseguia minar suas resistências e assim iam para a internação com dificuldades respiratórias e muitas acabavam falecendo.
Passamos a maior parte do ano cuidando de nossos familiares mais velhos e nos incluindo nesses cuidados para não trazer para casa o vírus que podia transtornar a vida de nossa família e a nossa própria vida, pois, com o passar dos dias ele foi se tornando mais agressivo e mais forte, tornando os muitos leitos de hospitais em números insuficientes para receber todos os infectados que chegavam.
Avançou para as cidades do interior do Estado e para os outros Estados também, não teve rincão mais longínquo que ele não alcançou, de grandes cidades até as mais pequenas e pacatas.
Com leitos de enfermaria e unidades de terapia intensiva lotados, abriram os hospitais de campanha para dar conta de tantas vítimas de COVID 19 e, apesar do esforço imensurável das equipes de saúde, perdemos familiares, amigos, conhecidos que passaram a ter um tratamento degradante no momento do sepultamento.
Apesar disso tudo tínhamos a tranquilidade de ver nossos filhos, crianças ou jovens passarem ilesos por essa pandemia, pois, parece que ela só atingia pessoas portadoras de algumas comorbidades, além daqueles com o peso acima do considerado normal...
Assim demos adeus à amigos e familiares de maneira triste e solitária.
Nesse ano a união de cientistas, a troca intensa de informações levou a criação de vacinas, que serão de fato os únicos medicamentos capazes de nos tornar imunes ao vírus e suas mutações, é certo também que em nosso país a política interferiu de modo cruel e, ainda caminhamos a passos lentos para a imunização da população, nem chegamos ainda às pessoas com cinquenta anos e certamente, apesar do esforço dos dois laboratórios brasileiros que se dedicam a fabricação da vacina, Butantã e Manguinhos, vamos passar todo esse ano para conseguir vacinar toda a população.
Entretanto, esse ano passado entre os familiares, em home office e sem contato com amigos e até mesmo com os familiares, os jovens se cansaram, o que seria considerado normal em outras épocas e, resolveram viver a vida...
E lá se foram para os encontros pessoais, esquecendo as regras básicas de convivência nestes novos tempos em que o inimigo invisível está em todos os lugares esperando a oportunidade de atacar.
Nos barzinhos, nas esquinas, nas praças, nos ambientes mais fechados, lá estão eles curtindo a vida, compartilhando o mesmo copo, a guia do narguilé, em abraços efusivos e beijos estalados...
O resultado é o que vemos, jovens e até crianças perdendo suas vidas para o Corona implacável, além da disseminação entre a família...
É tempo de conscientização, amor, entendimento e um pouco mais de paciência, para em breve retornarmos sem tantas lacunas em nossas vidas...