O Sr. Elias Yossef Roumanos estava sempre pronto a ir adiante com a sua fé e o seu amor pela família e pela sua terra de origem, o Líbano.
Morador de Suzano, o Sr. Elias, esposo de Dona Mouna e pai de Rymon e Gilbert avô de quatro netos, descobriu toda a beleza que a alma humana encerra de modo a perceber também a grandeza da dignidade e a personalidade dele e de todo ser humano.
De origem libanesa se tornou brasileiro, inflamando a sua alma com uma rica experiência de vida social e religiosa na terra de Santa Cruz.
Católico maronita teceu a sua vida com a espiritualidade própria dos católicos libaneses, que conservam bela recordação de São Maron, que no Líbano realizou uma verdadeira cruzada em defesa do cristianismo.
Abriu olhos e coração ao mundo que Deus criou, acreditando que os bens materiais não preenchem toda a existência humana, mas o mundo é tão divino, sublime e maravilhoso, quando Aquele que o criou se faz presente no coração das criaturas.
Por isso, o Sr. Elias viveu com Deus no seu coração e alimentou a esperança de poder transformar a vida concreta da família, dos filhos e dos netos, tecendo com arte as ações do cotidiano para que refletissem a beleza e o esplendor divino.
Com muita admiração apresento nesta coluna a figura do Sr. Elias, porque, com toda certeza, posso dizer que ele é a marca do homem nobre, gentil, virtuoso. Ele sempre pensou e sempre falou com muito saber e muito talento.
Tive a sorte de o ter e à sua esposa numa viagem realizada com um grupo ao Santuário de Lourdes.
Sem temer o cansaço, incansável agradou-lhe a peregrinação. Acompanhou o grupo vivendo cada momento com o coração aberto a partilhar seus sentimentos religiosos e seus conhecimentos culturais e sociais.
Do seu sentimento religioso que era muito mais que “sentimento”, era algo que o familiarizava com o encanto do mistério da vida e da união com Deus.
Sentimento sublime e maravilhoso, escondido em cada momento corriqueiro do cotidiano.
Mesmo residindo no Brasil, parecia que estivesse no Líbano, com a cultura e os costumes libaneses. Pelo jeito vinha tragando a seiva da vida, colhendo a riqueza moral que a pátria libanesa lhe oferecia cada vez que ia visitar o Líbano.
Muito me horou celebrar há mais de 10 anos as Bodas de Ouro dele e de Mouna, rodeados pelos filhos netos, familiares e patrícios.
Foi tão verdadeira e real a alegria de todos e sobretudo deles, porque o amor que um dia desabrochou no coração do Sr. Elias pela encantadora beleza de Mouna, tomou e invadiu sua vida pela eternidade.