É justa e merecida a data do dia 26 de julho, escolhida para homenagear os avós.
Porém, esse ano a homenagem para a maioria dos avós será virtual.
Avós e crianças se deram conta de que não será possível trocar beijos e abraços.
Para muitos avós já se passaram 4 meses sem curtir o tempo mágico e fantástico da convivência gostosa com os netos, usando apenas do carinho à distância, ou pelo vídeo, mas sem aquela presença afetuosa que torna mais alegre o coração das crianças e dos avós, aos quais não cabe, como aos pais, responsabilidade e papeis fixos, oficiais e preestabelecidos no acompanhamento dos netos.
Desde sempre, os netos tiveram na casa dos avós um espaço para crescer e um modo de viver mais satisfatório, tornando-se o contato com eles, um importante alicerce da vida. No entanto em tempos de Coronavirus, tempo de suspiros, de sofrimento e de solidariedade, os abraços serão transmitidos com sinais virtuais.
Permanece ainda um tempo de espera. O Covid 19 obriga a esperar e quando tudo passará, virão dias e noites para ficar com os avós.
Toda a experiência dos avós constitui um rico patrimônio para a vida e o futuro dos netos, que ao conviver com eles, num clima de maior liberdade e abertura, podem melhorar o desempenho de suas atividades escolares e profissionais.
A convivência com o vovô e a vovozinha se baseia numa relação ideal, num bom contato afetivo que se expressa em uma proximidade efetiva: carinho, atenções concretas, colo, afeto e amizade.
Os avós são amigos e companheiros dos netos, confidentes e cúmplices, afetuosos e compreensivos, mais disponíveis a certas concessões e a cima de tudo são fontes inesgotáveis de sabedoria. Eles são um ponto de referência essencial e indispensável, não somente pelos netos, mas também pelos pais das crianças e por toda a família.
Infelizmente, embora tantos elementos, especificamente psicológicos e de ordem sociológicos, concorram para fazer dos avós uma instituição basilar da sociedade humana, acontece que tal referência neste tempo de pandemia está sendo frustrada,
causando perplexidade e muita saudade, na vida sobretudo dos pequenos netos.
Na melhor das hipóteses, os netos mais velhos visitarão os avós homenageando-os de maneira presencial, porém à distância.
Diante da tamanha grandeza dos avós, é necessário dedicar uma redobrada atenção à figura dos avós, como fonte de amor e de vida para todos os membros da família.
Os netos vivem com os avós uma relação privilegiada, livre de atritos e escombros sejam materiais que humanos.
Os pequenos gestos dos avós contêm um sentido de majestade e de bondade infinita.
É bem comum enxergar nos seus olhos e em seus rostos suavemente sorridentes a grande chama do amor que arde em seus corações.
Netos e bisnetos convertem a velhice ou a sensação de envelhecimento dos avós numa benéfica sensação de rejuvenescimento, lhes oferecendo um novo dia, um novo tempo e uma nova marcha, para se organizar e enfrentar novos desafios e novas emoções.