No ventre de Maria de Nazaré, Deus se fez uma criança. No ventre de tantas outras Marias, Deus se faz presente com o seu Espírito.
Cabe a cada mãe preservar a vida no ventre materno, dando à luz a criatura que nela foi gerada. O mês de maio homenageia Maria mãe de Jesus. Os católicos amam Maria de Nazaré, sem adorá-la e por sua vez, Ela ama os que amam seu Filho.
Ao mesmo tempo, no mês de maio, com alegria sempre renovada, comemoramos o Dia das Mães.
Destaca-se a celebração deste dia pelo clima muito especial que envolve as homenagens dirigidas às mães.
As escolas, igrejas, lojas, ruas e praças animam-se com presentes, cartões, faixas, flores e rosas, mostrando de forma genial o carinho pelas mães. Contento-me aqui focalizar alguns aspectos da vida e da personalidade das mães, deixando à ternura dos leitores completar o quadro das virtudes de sua mãe. A força e a grandeza das mães enriquecem a nossa vida, a nossa experiência e a nossa história.
Elas, ao enfrentar o grande desafio da maternidade, nos oferecem a maior prova de amor em relação à entrega total de si ao esposo e aos filhos que por nove meses seguram no ventre.
Cada mãe traz em seu seio, além do leite materno, primeiro alimento para a vida da criança, também, dias, meses e anos de luta, de esperanças e sofrimentos, de medos e temores, de luzes e encantos, de desejos e frustrações. Não hesito em dizer que ela é a obra primeira de Deus. Costumamos afirmar que Deus criou antes o homem e depois a mulher. É porque não sabemos interpretar o sentido das palavras do texto bíblico que mostram como Deus quis igualar mulher e homem no que diz respeito à dignidade e à alma humana que enobrecem a vida material dos dois. Deus entregou à mulher o dom de gerar a vida e definir os traços mais importantes da personalidade da criança, traços que decidem os rumos da existência e definem o caráter.
Há mães simples, humildes, afetuosas, maravilhosas, inteligentes, estudadas, executivas, domésticas, porém, o que confere a elas um esplendor especial é a luz do espírito que torna todas elas capazes de modelar uma nova vida e o futuro dela. As mães enfrentam a maternidade com a força da fé, indispensável para acreditar na vida e vencer os medos, em consequência do mistério que envolve a gravidez. Sem fé, nenhuma mulher atinge a plenitude do amor, de que a criança, os filhos e o esposo precisam. Cada mulher pode encontrar em sua fé uma luz plena para viver o mistério do amor, da doação e da entrega total à família.
O ser mãe, dom de Deus, dom belo entre os mais belos, nasce de uma relação de amor, inspirada à atração que o homem exerce sobre a mulher e a mulher sobre o homem.
Completa-se a realidade dos dois em uma só carne, ao formar a comunidade conjugal, chamada família. Sentimos hoje, porém, como a família e com ela de maneira mais direta a mãe, o pai e os filhos, são expostos a uma maré e ventania tempestuosas que ameaçam a estabilidade deles dentro do lar e as relações de amor e de fidelidade. O amor que atraía e encantava, de repente repele e desencanta. Tudo, porém, vai dar certo, quando o dom da solidariedade, do perdão e da confiança farão com que a felicidade volte a reinar na família. Nesse sentido a família será sempre o carro chefe da sociedade..