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Jornal Diário de Suzano - 30/04/2024
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Coluna

O racismo ainda afeta a população negra, Maristela uma professora negra injustamente perseguida

17 novembro 2023 - 05h00

Há na Região do Alto Tietê e no Brasil inteiro, uma negritude que nunca se negou a defender com luta insistente, o direito, a liberdade e a justiça.
Na verdade, porém, todos estamos comprometidos na defesa desses ideais.
Essa luta não é somente dos negros, mas de todo cidadão e de todo o povo que quer ter casa, saúde, pão e sentir-se livre de toda opressão, conforme os direitos contidos na Constituição Federal.
Há imigrantes que vieram da Itália e passaram por uma amarga e triste escravidão nas fazendas dos "Senhores de engenho". Há negros que foram jogados nos navios negreiros como mercadoria, e vendidos na própria África aos colonizadores como objeto de tráfico comercial e sujeitos a maus-tratos, à tortura e à morte.
Zumbi destacou-se como herói, pois soube passar aos negros a mensagem de um futuro de liberdade.
No Brasil havia contingentes humanos de aborígenes e negros. Os primeiros eram os habitantes nativos que viviam no território, os negros vinham da África e tratados como escravos.
Começou assim o longo período do colonialismo europeu que duraria três séculos. Os dois grandes grupos humanos, negros e aborígenes passaram a ser dominados pelo colonialismo. Os aborígenes, habitantes nativos, que por engano de Colombo que julgara ter encontrado as Índias passaram a serem chamados de índios. A dominação foi violenta. 
Cito um texto escrito por um missionário em relação ao escândalo do escravagismo: " Como os mantendes tão oprimidos e fatigados sem lhes dar de comer, sem lhes curar as enfermidades, impondo-lhes trabalhos excessivos dos quais acabam por morrer, ou melhor por serem assassinados por vós, na ganância de acumular ouro a cada dia? Por acaso eles não são seres humanos? Não têm almas racionais? Não sois obrigados a amá-los como a vós mesmos?" São palavras que mostram a repugnância e a relutância de muitos missionários diante do sistema de dominação implantado nessas terras. No dia 20 de novembro se comemora o Dia da Consciência Negra, que este ano passou a ser feriado Estadual. Em Mogi das Cruzes nada de festa, apenas uma programação cultural toda negra, voltada ao resgate dos valores africanos e de manifestar o repudio pela discriminação sofrida pela professora e educadora Maristela Fernandes dentro de uma loja em Mogi das Cruzes. Será um dia, na Região do Alto Tietê e no Brasil, para os negros ocuparem um espaço urbano com passeatas e manifestações artísticas e culturais., mas também haverá um alerta contra o racismo que ainda hoje assola o território brasileiro. Os Negros são 100% brasileiros, engajados na luta para construir um novo Brasil. O País vive de um passado e de um presente sem glórias. Vive de um futuro de incertezas reais por existirem ainda muitas desigualdades entre os grupos sociais. Mas não há motivos para a humilhação e revolta. Todos os povos que vieram para o Brasil livres ou escravos, todas as raças que aqui se encontram são hoje cidadãos, a serviço não mais dos " senhores", mas da justiça, da igualdade e liberdade.