O Sr. Júlio Kowalski estava prestes a comemorar 103

102 anos, na vida das pessoas, é uma idade com a qual não nos esbarramos a toda hora. ´E uma etapa que poucos alcançam. A vida tem um tempo passado e presente. O futuro, como diz o ditado, “Pertence a Deus”.
Na perspectiva do futuro, a única coisa certa é a morte. A cada dia surgem imprevistos ou fatos imprevisíveis. Há situações e passos novos a serem enfrentados. Importante é viver um presente que não seja fechado numa obtusidade individualista, mas seja um presente ou um modo de presentear o presente com o nosso dinamismo psicológico, espiritual, cultural e afetivo.
O nosso querido Sr. Júlio, esposo da inesquecível professora dona Luci Pinheiro, há anos falecida e pai de dois filhos, o Dr. Júlio e a sra. Marisa, antes de terminar a sua existência, há duas semanas, desafiou, com toda certeza o limite de vida comum para todos os homens aqui n terra, cuja idade poucas vezes chega ou ultrapassa os cem anos.
As forças físicas do Sr. Júlio, lhe proporcionaram uma normalidade da vida familiar e social e uma lucidez para opinar sobre todos os assuntos, do passado e do presente e fazer prognósticos para o futuro. Não lhe faltavam as respostas que era chamado a dar quando interpelado. Nem todos, quando chegamos a uma certa idade, somos agraciados pela natureza com esses sinais de lucidez, raciocínio e conhecimentos,
A tensão entre o passado, o presente e um futuro visto como um eterno viver feliz é permanente, mas, eventos dolorosos, doenças ou o mesmo envelhecimento podem comprometer o equilíbrio emocional e a própria existência.
O Sr. Júlio, na sua vida terrena, deu conta do que é essencial para a vida e para a família; o respeito, a nobreza de ânimo, a sua postura de gentilman, a sua fé, e deixou de lado as briguinhas, os ressentimentos, as vinganças e a intolerância, administrando melhor a esperança de um futuro sempre mais simples, correto e rico de fé.
Tudo isso não se vê, hoje, no cotidiano da vida, da família e da sociedade.
Mesmo aumentando, nos dias de hoje, o tempo de vida das pessoas, porém, não somos capazes ainda de estabelecer um ritmo de vida em comunhão com a beleza da natureza e com a beleza inerente ao mundo das pessoas. Está de fato que nos deparamos com múltiplas decepções, contratempos, cobranças, extorsões e rivalidades.
Ao Sr. Júlio Kovalski, que no dia 31 de maio completaria 103 anos de vida, desejamos que continue na eternidade o seu bem viver, amar e festejar a vida dos eleitos e nós continuarmos a viver, com a esperança de uma vida repleta de luz e de paz.
Que a fé nos acompanhe, nos sustente e nos faça crer sempre mais no Senhor da vida que nos oferece um tempo de vida aqui na terra e uma eternidade feliz na pátria celeste.
A cidade de Suzano, manterá viva a memória e a recordação dos que faleceram neste mês de fevereiro e que deixaram grande saudade e sobretudo um carisma que enobreceu a história de Suzano, são eles: Júlio Kovalski, José Cândido, Carlos Trevisan, Jorge Salvarani. Se destacaram pelo pioneirismo vivido durante a existência aqui na cidade, onde com suas esposas criaram o lar, a família, dando um belo testemunho de fé e de cidadania aos filhos, familiares e amigos.