Há poucos dias, visitando o meu amigo Odair Renzi no Hospital ICESP (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), descobri que ele era, na sociedade suzanense, muito mais do que eu imaginava.
O conhecia como esposo de Sandra, irmã de Mônica, filhas de dona Lola e de Arlindo Pinheiro. Odair e Sandra tiveram três filhos: Camila, Carolina e Cesar, que acompanharam em seus caminhos com muito carinho e dedicação.
Em seguida, uniu-se a Estela que encheu o seu coração de novas esperanças. Odair era neto do imigrante italiano Batista Renzi que veio ao Brasil em 1890 com os pais, Paolo Renzi e Rosa Volpi e com os irmãos Giovanni e Giuseppe. Embarcaram no porto de Genova, no navio Mathues Bruzzo, com destino ao Brasil. Batista se casou com Maria Cusma e desta união nasceram 8 filhos. Antônio Renzi, o primeiro filho, tornou-se pai de Odair e Maria Aparecida Marques era a mãe. Odair era reconhecido no meio forense como um excelente advogado, integro e fiel às leis e à justiça. Além disso, auxiliava as pessoas carentes na Casa Madre Tereza.
Quando estive no hospital, ao ver chorar o amigo dele, de longa data, Wanderley Braghiroli, que me acompanhou para lhe oferecer o conforto religioso do amor do Pai Celeste para com ele, percebi que a visita que Odair estava recebendo também de outros amigos, não era apenas de conveniência ou de formalidade ou de caráter social, mas era de verdadeira amizade, de fé e de fraterna comunhão, quase como visitas feitas a um irmão. No contexto da sociedade suzanense, Odair tinha amigos com os quais partilhava uma singela amizade.
Vivia junto a um grupo de amigos suzanenses, pois considerava a amizade o grande carro da vida. Descobri quem eram alguns de seus amigos desde o tempo de jovens. Esse grupo que ficou conhecido como Garden Boys, voltou a se reunir nos últimos anos e mantém um grupo de whatsapp até hoje. Conviveu também com várias personalidades suzanenses, que sem transcurar a família, tinham, entre eles, muito a partilhar a respeito de assuntos sobre política, cultura, religião, esporte, fatos, opiniões e contradições. Odair soube amar demais os amigos, pois a amizade ensina como se deve agir, viver, corrigir e educar. No velório, ao fazer a encomendação do corpo, li nos olhos dos amigos, sombras de saudade, comoção e tristeza. Estavam perdendo um amigo, um conterrâneo vitimado pelo câncer. A sua presença risonha trazia uma brisa suave, transformando o ambiente num lugar de galanteria, pela elegância e a fineza de suas palavras e gestos.
Ele se foi, partiu, deixando um inconsolável vazio, mas também uma feliz recordação em Sandra, em Estela, nos filhos e nos familiares e tanto carinho que amigos e familiares sentiam por ele. Hoje, 27 de maio elevaremos ao Senhor a nossa prece na santa Missa, a ser celebrada na Matriz de São Sebastião em sua memória, no 7º dia de falecimento, com a nossa certeza de sabê-lo feliz junto a Deus, nosso Pai infinitamente Bom.
Os amigos recordarão sempre a sua linda companhia, imensamente tristes pela sua ausência. A sua amizade, roubou o afeto de seus amigos, pois juntos conseguiam transformar o ambiente num festival de gala.
Deu muita pena o seu partir, pois Odair não trará mais a sua risonha presença na família e no grupo Garden Boys.