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Jornal Diário de Suzano - 30/04/2024
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Coluna

Os Cantores de Deus

20 outubro 2023 - 05h00

São tantos os cantores de Deus, iguais no encanto e no brilho. Há católicos, evangélicos, presbiterianos, luteranos, metodistas e de tantas outras denominações religiosas. Sua vocação é cantar para se dar alma e corpo à música, promovendo vida e esperança e anunciar um mundo melhor cantando nas celebrações litúrgicas, nos shows, em festa populares e familiares.
A música gera vida, contém sinais lindos e divinos, alimenta com suas melodias o coração e o corpo inteiro. Ela é toda nossa, de todas as criaturas. A ela pertencemos, pois brota espontânea sobretudo no lar e na roça.
Dercides Izidoro, um dos tantos cantores de Deus, residente em Suzano e falecido no dia 11 de outubro passado, era mesmo assim, apaixonado da música. O coração dele pulsava forte e intensamente quando entoava cantos sagrados e populares.
Amava cantar para Deus. Mãos e boca guardadas por tantos anos para tocar e cantar.
Dercides amava as notas musicais que preenchiam o seu coração de celestial harmonia. Convidado para colocar o seu maravilhoso talento a serviço da Igreja, começou a frequentar a Paróquia de São Sebastião, no centro de Suzano. Iniciou uma bela caminhada, peregrinando entre a sua terra de origem onde moravam seus pais no Paraná e a cidade suzanense que o acolheu como funcionário da CPTM.
Aqui criou a sua família, casado com Luzia teve três filhos: Soraia, Anderson e Douglas. Vivia trabalhando e frequentando a Igreja, tocando o teclado e cantando os salmos da Missa. Levado por uma euforia desmedida pela fé cristã, iniciou a frequentar a Faculdade Teológica Paulo VI em Mogi das Cruzes, cursando teologia.
Doou o seu tempo para ver o Reino de Deus brilhar nos pobres e pequeninos. Nunca se negou a servir com o amor de um verdadeiro samaritano.
Tomou a decisão de frequentar também a Escola Diaconal e foi ordenado Diácono Permanente a serviço da Diocese e da Caritas diocesana. 
No seu peito, porem, e nas celebrações litúrgicas, vibrava a melodia sagrada dos salmos que entoava com a sua bela voz robusta e forte.
A sua personalidade nunca sairá do coração dos que o amavam.
Durante a sua doença que o obrigou a ficar em casa, gemia quando lhe era impossível se levantar e ir para a Igreja. Chorava quando batia a saudade do seu serviço religioso.
Devido ao seu trabalho na Caritas, vinha sempre mostrando a sua gratidão, o seu carinho ao Bispo Dom Pedro Luiz enviando continuas saudações para ele.
Foi um grande peregrino, ao programar uma sua visita à Terra Santa com um grupo de famílias suzanenses. Foi a melhor experiência que ele viveu. Pela certeza que tinha do amor de Deus pela humanidade, descobriu nos lugares sagrados o amor total que Ele tem por nós.
Certamente ele recebeu o abraço do Pai Celeste.