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Jornal Diário de Suzano - 27/04/2024
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Coluna

Parquinho e horta comunitária alegram os moradores do Jardim Nena

02 fevereiro 2024 - 05h00

Adeirta, com o rosto de camponesa do interior do sertão, com passos firmes e pés decididos, aproveita da minha visita à Comunidade de São José localizada no Jardim Nena para me mostrar, não cercas e muros, mas o que de melhor podia ser realizado. No final de uma rua sem saída, perto da grande e antiga área de mineração, existe uma área onde havia mato, esconderijos, escuridão e medo. Hoje, nesta área os visitantes abrem os olhos diante de um cenário rico de cores, de brinquedos, de plantas, de flores, de verduras e hortaliças. Pertinho a este gracioso cantinho de beleza e encanto floreal e campestre se encontra a casa de Antônio Nogueira Alves, que quando estava ainda em vida pôs as mãos na enxada para limpar o mato e garantir mais segurança ao bairro e à sua casa onde morava com a esposa e os filhos. Ele bem mereceu uma placa que foi colocada pela Prefeitura em reconhecimento ao seu amor pelo meio ambiente.
Após a morte de Antônio, quem encabeçou a iniciativa de transformar aquele mato em um parquinho, com uma horta comunitária, foi o casal Anderson e Cristiane, com a colaboração da Prefeitura, dos moradores do bairro de Jardim Nena e dos membros da Comunidade Católica São José.
Neste maravilhoso parquinho, chamado também de “Florestinha”, há várias gaiolas que são verdadeiras pousadas aos passarinhos que entram, comem e retomam o voo.
Porém, a maior fartura de verduras e hortaliças se encontra na horta comunitária, lá onde o casal e os moradores do bairro plantam e semeiam na bendita terra orvalhada.
Solto um suspiro profundo ao ver naquela área imunda do passado, brilhar de nova luz, novos ares, novo percurso a ser feito a pé ou de carro.
No corpo e no ventre da terra mãe, o povo combativo, lutador e lavrador, cultiva frutos e flores e as crianças sob os olhares dos avós se divertem para recriar nova vida e novas energias.
Em nosso corre-corre é urgente descobrir os sinais da natureza brilhando dentro e fora de nós. Sinais lindos que a terra, se bem tratada nos oferece, surpreendendo e encantando. O rio ao lado da horta e do parquinho, segue no meio da mata, livre e experiente no seu percurso, de dia e de noite.
A água do rio e a terra, um depende do outro, coexistem e sobrevivem sempre, porque há neles uma força secreta e genial, divina e humana, como Deus quis.
Ao deixar o bairro e a Comunidade onde celebrei a Santa Missa, fiquei com uma boa recordação do lindo lugar que visitei. Torço para que não falte o cuidado da Prefeitura e dos moradores, para levar adiante a obra de sensacional, natural e admirável espetáculo.