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Jornal Diário de Suzano - 26/04/2024
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Coluna

Ser pai em tempos de Coronavírus

06 agosto 2020 - 23h59
Ser pai, nunca foi fácil, sobretudo no século XXI e em tempos de coronavirus.
A quarentena se tornou um grande desafio, constatando as reações que variam entre cansaço, consternação, tédio, impaciência, diversão e trabalho. Em alguns casos, há também pai que se põe em joelho para rezar. Ficar em casa se tornou uma espécie de luxo apenas virtual, porém, na realidade, o isolamento prolongado se tornou a maior loucura do mundo, necessária para se proteger do Covid 19. Passada a pandemia, a tarefa de ser pai exige novos comportamentos, novas atitudes domésticas, familiares e sociais e também novas atitudes religiosas.
No passado, havia maior jeito de o pai exercer sua autoridade familiar, moral e social, pelo fato da família ser patriarcal, com códigos bem definidos e respeitados pelos filhos. Hoje, a sociedade mudou e muitos pais não conseguem lidar com a emancipação dos filhos e com o individualismo e o relativismo que triunfam nos vários ambientes sociais e que influenciam negativamente os filhos.
Por causa da mudança de época e do isolamento, os pais devem acompanhar cuidadosamente a caminhada de seus filhos.
Pais com autoridade, sim, pais autoritários, não. Os filhos acreditam nesta máxima de sabedoria. Pais autoritários são aqueles que usam do seu poder para impor com arbitrariedade práticas e observâncias rígidas.
O medo de perder o controle doméstico no período de isolamento é muito comum, sobretudo se os filhos são pequenos. Não é bom pensar somente a policiar os filhos 24 horas diárias. Dessa forma, os filhos percebem a existência de um controle autoritário, submetem-se ao invés de criar um sentido de responsabilidade.
Ao contrário, o pai que interage com os filhos ou intervém com autoridade, procura ensinar o que é certo ou errado, o bem e o mal. Assim sendo, obviamente os filhos serão bem mais sensíveis e cuidadosos com suas escolhas, atos e ações. À autoridade paterna estão ligados sentimentos, de afeto, de companheirismo, de amizade e o desejo de ver os próprios filhos felizes e realizados.
Se os filhos se sentem amados, respeitarão o pai e a mãe.
O afeto anima os filhos e transmite a sensação de que agir bem é para ser mais felizes.
Somente assim a atmosfera familiar tornar-se-á mais positiva e serena.
Porém, mesmo se esforçando a serem bons educadores, é sempre difícil educar e acompanhar durante o tempo de isolamento, os filhos que moram em casa, até retomar o ritmo ordinário de outrora. Quando o assunto é educação dos filhos, não há fórmula pronta a ser seguida. O que dá certo para uns, pode ser desastroso para outros, pois cada ser humano tem sua individualidade, motivação e sensibilidade.
Médicos, psicólogos e psiquiatras estão acompanhando famílias e pais, estressados e sem paciência na luta contra o coronavirus, com o propósito de amenizar as tensões familiares. O desafio ou o melhor remédio é manter a guarda sobre qualquer ato que possa fazer explodir o clima familiar. 
No Dia dos Pais, cada filho, dirigindo-se ao próprio pai, homenageia-o com um abraço amoroso e filial.