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Jornal Diário de Suzano - 26/04/2024
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Coluna

Sexta Feira Santa

29 março 2024 - 05h00

A população católica e cristã do mundo inteiro honram a Paixão de Cristo e celebram o mistério de sua Morte e Ressurreição.
O feriado de Sexta Feira Santa, guardado por séculos e séculos na Tradição da Igreja, na religiosidade popular e na cultura cristã, convida-nos a fixar o nosso olhar no olhar quase morto do Cristo Salvador, que logo após ser condenado por Pilatos, foi levado para o monte chamado Gólgota, atravessando as ruas de Jerusalém. Eram as três da tarde quando Jesus, marcado pela dor e ungido de sangue, chegou no lugar onde os criminosos eram executados, conforme o costume romano de punir os condenados. Jesus foi pregado na cruz. Crucificado. Desfalecido e exânime deu um grande grito: "Pai em tuas mãos entrego o meu espírito". Dizendo isso, expirou.
Nessa hora a terra tremou. O céu escureceu, tendo desaparecido o sol.
Às cinco da tarde, com o pôr do sol, terminava a sexta feira e iniciava o Sábado.
O corpo de Jesus foi descido da cruz alguns minutos antes de iniciar o sábado que os judeus guardavam, pois a Lei proibia qualquer atividade manual, profissional, militar e artística.
Era o segundo dia que Cristo estava morto. Todo o corpo cósmico estava morto. O Espírito de Jesus, portador da sinfonia eterna, desceu à mansão dos mortos. Seu corpo, profundamente marcado pelo sacrifício e sangue ficou no túmulo até o terceiro dia. No domingo de madrugada algumas mulheres viram o túmulo vazio.
A notícia, transmitida pelo anjo de que Ele estava vivo surpreendeu os apóstolos. Naquele terceiro dia ao deixar o túmulo, Cristo ressuscitado mostrou que a morte nunca poderia sorrir triunfante, porque o ser humano seguiria feliz para a eternidade com um corpo novo e glorioso. Os mortos ressuscitariam, Palavra do Salvador, que disse: “Eu sou a Ressurreição e a vida. Todo aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá, porque eu o ressuscitarei para a vida eterna” (Jô.6.37-40 ).
No túmulo haverá um descanso rápido, um sono breve e passageiro, um momento para deitar e logo em seguida ouvir o bem vindo à Casa do Pai.
Quem morre desce com seu corpo ao túmulo. Nele acalma-se a sede das coisas materiais. É silêncio, para sentir o cheiro da terra, a fala da terra, o espírito da terra.
Ele se reconhece cada vez mais nativo e membro de uma nova família e todas as vibrações divinas e celestes encontram eco em seu corpo vivo e glorioso.
Inicia um novo tempo, o tempo da eternidade, que não segue o ritmo de dias, meses e anos, mas é um instante pleno, perfeito e sem fim de felicidade A morte deixa de ser repugnante tabu e torna-se festa da vida e da passagem da terra para o céu.
O Espírito de Deus, nos introduzirá na claridade celeste, abrindo para nós as portas do paraíso.
É o retorno às origens divinas de nossa existência. Do chão que nos gerou, vamos encontrar vitorioso o Cristo ressuscitado. Tudo é surpresa e espanto. Tudo é certeza e encanto. Sua mensagem, ainda vivo na terra, mesclava verdade e esperança de que era possível a Deus derrotar a morte e ressuscitar os mortos.