A Semana da Consciência Negra se aproxima e a Prefeitura de Suzano não deixou de iluminar a caminhada das comunidades afro brasileiras com uma intensa programação cultural e com várias manifestações. No Brasil há um numeroso contingente humano de descendentes africanos. A cultura africana é tão divina nos ritos, nas danças, nos cantos, como a imagem sublime e maravilhosa da terra africana.
Decifrando o destino que a história teceu do povo africano, seria difícil expressar toda a riqueza que a população negra carrega na alma.
A luta contra todo tipo de injuria racial e de racismo é o marco da sua caminhada.
De consequência há fatos que ferem demais a dignidade dos irmãos negros e
dos indígenas que caminham na mesma estrada de indignação com tudo que ofende e fere as suas dignidades.
Mas não há motivos para a humilhação e revolta. Todos os povos que vieram ao Brasil livres ou escravos, todas as raças que aqui se encontram são hoje cidadãos, a serviço não mais dos " senhores", mas da justiça, da igualdade e liberdade.
Cito um texto escrito por um missionário em relação ao escândalo do escravagismo: " Como os mantendes tão oprimidos e fatigados sem lhes dar de comer, sem lhes curar as enfermidades, impondo-lhes trabalhos excessivos dos quais acabam por morrer, ou melhor por serem assassinados por vós, na ganância de acumular ouro a cada dia? Por acaso eles não são seres humanos? Não têm almas racionais? Não sois obrigados a amá-los como a vós mesmos?"
São palavras que mostram a repugnância e a relutância de muitos missionários diante do sistema de dominação implantado nessas terras.
No Brasil as comunidades afro vivem de um passado e de um presente sem glórias. Vivem de um futuro de incertezas reais por existirem ainda muitas desigualdades entre os grupos sociais. Mas a esperança do povo negro não morreu. Há sempre nova esperança, caminhando com mais garra e com mais raça. A esperança só inspira a confiança de os homens se amarem e se unirem, pelo menos que os faça respeitosos sempre e em qualquer lugar.
A humanidade tornar-se-á uma grande família, mas é preciso educar que somos todos irmãos, que somos ou devemos ser uma grande família humana.
É necessário buscar novos caminhos na direção do bem comum. Não basta tocar a vida sustentando-a apenas com o pão de cada dia. Deus traçou outros caminhos para a humanidade. Os caminhos que trazem ao mundo a paz, a fraternidade e a união entre todos os povos. Que a virada cultural em Suzano, homenageando a cultura negra, transmita aos seus filhos a mais grandiosa riqueza cultural própria do continente africano, que deveria ser mais apreciada pelo povo brasileiro.
Como não se encantar com os lindos traços que desde criança a mulher negra guarda e que o tempo não degenera, conservando-a sempre muito bela. Por isso ela deve ser amada e por todos festejada e não desprezada e explorada nas novelas, na escola ou no trabalho. A programação que a Prefeitura vem oferecendo à população suzanense em preparação à Semana da Consciência Negra, sublime e eternize a vida do povo africano e de seus descendentes.