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Jornal Diário de Suzano - 26/04/2024
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Coluna

A Foresta Amazônica devastada

29 agosto 2019 - 23h59
Na Itália, onde me encontro por um breve período de tempo, e também no resto do mundo, noticiaram pelos canais de redes televisivas, manchetes e artigos nos jornais, a gravidade devastadora do fogo que prejudicou e comprometeu a Amazônia. Reconhecida como imprescindível, por ser "O pulmão vital do planeta Terra" (Papa Francisco, mensagem dominical em 25 de agosto de 2019).
Não há como entender tamanha destruição que removeu do solo, a verdejante flora amazônica e suscitou perplexidade e preocupação quanto à fragilidade e o descuido do Governo Federal no controle do território amazônico. Sobretudo dos proprietários, que usam fogo para limpar suas terras dos detritos causados pelo desmatamento e extrativismo, para dar lugar às áreas aráveis ou à extração de minério. No entanto, esse fogo pode rapidamente sair do controle, se as condições climáticas estiverem no período de seca. É necessário um monitoramento sobre toda a floresta, que pressupõe o uso de equipamentos mais avançados, tarefa não fácil, mas necessária e importante. Por outro lado é desafiante, porque o território amazônico se estende por sete Estados e por sete países.
É preciso aplicar todas as medidas, a fim de fortalecer a riqueza natural da grande Amazônia.
Em consequência do desastre que afetou o planeta Terra, deve ser possível encontrar algumas pistas, para trilhar o caminho que leve a conhecer a verdade sobre as causas que provocaram o infernal cenário, transmitido e visto no mundo inteiro.
Não podem ser deixadas pendentes as investigações, bem sabendo que as maiores responsabilidades, foram tanto dos governos passados, como do atual, pois é grande o interesse do mundo inteiro, em salvar a floresta amazônica.
Cresce hoje, a consciência de que o sofrimento dos seres humanos esta também ligado à devastação do planeta Terra.
Sem o diálogo, o respeito, a intimidade com a criação e com tudo o que ela oferece, a humanidade não terá condições de sobreviver.
Dom Pedro Luiz, nosso Bispo diocesano, na sua mensagem ao povo de Deus, aponta para um novo Kairos bíblico, que se dá no encontro com Deus e com a sua obra criadora.
Que os males cometidos contra a criação acionem a consciência de cada ser humano, despertando os mais profundos sentimentos, para uma nova conduta ética na defesa da criação.
Por sua vez, também as religiões do mundo inteiro deveriam concentrar-se menos sobre "o céu, o nirvana, a salvação a ser alcançada no paraíso, para dedicar seus esforços no sentido de curar as feridas sofridas pela Mãe Terra. É preciso eliminar as pragas históricas das guerras, dos bombardeios, dos experimentos nucleares, da devastação do solo, no objetivo de concentrar-se na defesa integral da criação, da Casa Comum e dos bens materiais e divinos,
A destruição da floresta, longe de ser identificada com sentimentos de comiseração, diz respeito ao desejo profundo de remediar todas as formas de sofrimento que corroem a humanidade e a criação. A Amazônia deve ser compreendida com empatia, cuidado e responsabilidade global para que seja garantida a dignidade das suas florestas e da biodiversidade da flora e da fauna.