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Jornal Diário de Suzano - 07/05/2024
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Coluna

A Jornada Internacional da Criação

12 setembro 2019 - 23h59
Celebra-se no dia 1º de setembro, a Jornada Internacional da Criação, instituída pelo Papa Francisco em 2015.
“A crise ecológica, diz Papa Francisco, chama os cristãos à uma conversão ecológica que implica deixar brotar, ao se encontrar com Jesus Cristo, novas relações com a Criação.
São necessárias, a conversão pessoal e também a comunitária. Não podemos ignorar a grave situação em que se encontra o meio ambiente, deturpado por motivos econômicos e egoísticos, trazendo um grande risco à toda a humanidade e sobretudo aos mais empobrecidos.
Tal situação gera tensões, desequilíbrios e violência. Se tratarmos a natureza de maniera correta e respeitosa, ela torna-se um bem precioso e eficaz para a vida das pessoas.
Se a Criação é maltratada, as primeiras vítimas predestinadas a sucumbir são os homens que a exoploram, que passarão a ser causadores e ao mesmo tempo vítimas, causando um grande sofrimento à toda humanidade.
Com a Criação precisamos ter uma fraterna comunhão e condivisão, usando de maneira moderada e discreta os bens que ela nos oferece.
É óbvio que o cuidado com a Criação exige investimentos, contrôles e esforços que hoje são necessários e que são extremamente onerosos.
A sobrevivência da vida humana deve ser garantida não às custas da Criação, ameaçada, explorada e destruída, mas em sintonia com o projeto do Criador que deu ao homen a responsabilidade de cuidar da obra divina.
Voltando o olhar para a Criação, cada ser humano pode se ver diante de uma obra, para quem nada mais poderá ser pedido além daquilo que ela já deu. No entanto, com suas imensas terras e profundas águas, ela continuará a nos sustentar, se também nós fizermos algo para torná-la sustentável.
Parece, porém,que as criaturas não têm muita vontade, a não ser apenas o de depredá-la e explorá-la.
Meu Deus! Que dura sentença espera o homem que fecha e ofusca o seu coração diante da Mãe Terra.
Oxalá aproveitasse o exemplo de um filho da terra chamado Francisco. Ele era um homem que diante do sol, das águas, das plantas e das flores, sorria e cantava: “ Laudato Si” o meu Senhor. Neste gracioso cântico, recordava-nos que a nossa casa comum pode se comparar, ora à uma irmã, com quem partilhamos a existência, ora à uma boa mãe, que nos acolhe nos seus braços: «Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã, a mãe terra, que nos sustenta e governa e produz variados frutos com flores coloridas e verduras».
“Esta irmã, diz Papa Francisco na sua Encíclica, clama contra o mal que lhe provocamos por causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nela colocou. Crescemos a pensar que éramos seus proprietários e dominadores, autorizados a saqueá-la. A violência, que está no coração humano ferido pelo pecado, vislumbra-se nos sintomas de doença que notamos no solo, na água, no ar e nos seres vivos. Por isso, entre os pobres mais abandonados e maltratados, conta-se a nossa terra oprimida e devastada, que «geme e sofre as dores do parto» (Rm 8, 22). Nos Esquecemos que nós mesmos somos terra (cf. Gn 2, 7). O nosso corpo é constituído pelos elementos do planeta; o seu ar permite-nos respirar, e a sua água vivifica-nos e restaura-nos.
São Francisco de Assis se deixava levar por um sentimento profundo de gratidão a Deus e atravessava a noite, a madrugada, o dia e toda a sua vida louvando o Criador do Céu e da Terra.