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Jornal Diário de Suzano - 20/04/2024
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Coluna

Escola Morato

02 setembro 2017 - 06h00
A atual Escola Estadual Dr. Morato de Oliveira foi inaugurada a 1º de setembro de 1962, com projeto do Engenheiro Yuji Aihara. A Escola acaba de completar os seus 55 anos. Foi criada como 3º Grupo Escolar de Suzano.
 
Recebeu esse nome em 1969, em homenagem ao antigo Presidente do Instituto de Previdência do Estado de São Paulo, Ipesp, entidade que ergueu a Escola sete anos antes, o Dr. Francisco Morato de Oliveira, um dos maiores advogados tributaristas do Brasil. Ele veio a falecer em 19 de dezembro de 1962, depois de eleito Deputado Federal, sem nem mesmo tomar posse.
 
A Escola Morato foi erguida na Rua Amélia Guerra, ainda sem calçamento então, que fica na Vila Amorim, bairro que foi a Fazenda do Conde João Romariz, justamente o autor do desenho do arruamento da Vila da Concórdia, atual Centro Histórico de Suzano, fundado em 11 de dezembro de 1890.
 
A ligação que tenho com a Escola Morato é bem antiga. Ingressei lá como Docente, logo após o concurso público, se não me engano, em 1987, já com pelo menos uns dez anos de careira, sendo professor universitário e da Educação Básica. Mas fiquei pouco tempo, tendo assumido logo em seguida como diretor em outra unidade. Como pouco depois, creio também em 1990, já tendo ingressado como diretor efetivo, me transferi para o Morato. Como ocupei outros cargos na Gestão da Educação, na época chamada de Delegacia de Ensino, só fui assumir a direção do Morato em 1998, ali permanecendo até o final de 2012, quando me aposentei.
 
Foi uma satisfação, com todas as dificuldades do exercício do Magistério, ter trabalhado no Morato. O Governo do Estado no final dos anos de 1990 efetuou muitas alterações nas escolas paulistas. E o Morato padeceu de algumas delas. Passou de uma escola com 64 turmas em quatro períodos de todos os níveis, da pré-escola ao Ensino Médio, a apenas o nível I do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) em dois períodos, manhã e tarde. Sempre manteve as classes de Educação Especial para crianças com restrições auditivas e intelectuais.
 
Foram pelo menos de três a quatro anos de alterações. Mas a equipe correspondeu e alcançamos os melhores resultados de aproveitamento dos alunos de todo o Alto Tietê. 
 
A comunidade, especialmente os pais, como os alunos apoiados pelo seu Grêmio Escolar, além dos professores e funcionários, tinham atuação direta nos processos de acompanhamento do trabalho escolar. A escola se equipou bem, chegou a ter uma das melhores bibliotecas infanto-juvenil da Região, uma bem preparada Sala de Artes, com um Auditório dos melhores da Cidade, além de espaços para Coordenação Pedagógica, Informática, Quadra Esportiva coberta, além de Consultório Dentário e muitas instalações facilitadoras para funcionários e professores, além de outros. Todos tinham muito orgul ho de se sentirem vinculados à escola. Seguramente, dada a realidade atual, de restrições também no Estado de São Paulo, não deve estar sendo fácil tentar manter tal alcance.