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Coluna

Escrevendo

29 julho 2017 - 06h00
Estava eu lá, quando me perguntaram por que escrevia? Na realidade, me perguntavam por que publicava meus textos em jornais, revistas e livros? Buscava só alargar meu público de leitores? Ou me via artista da Literatura? 
Paulo Maurício de Barros, meu amigo de tantas décadas, ofereceu-me o desafio de escrever as razões, ou emoções, ou motivos, que me levaram a escrever. E lá vou eu por aqui. 
Pois é, será que todo mundo que escreve sabe plenamente por que o faz? 
Sei hoje que sou Artista e Arte é o que fito. Será que dizer do meu modo de passeio pelas formas de expressão não abririam espaços para outros tentarem? Escrever é coisa de que sempre gostei. Lembro, desde bem pequeno, logo depois de alfabetizado, que gostava de deixar escrito o que sentia, o que pensava. Tinha medo de desaprender a ler. Era como uma necessidade. Lá longe no tempo não me preocupava com o porquê gostava de deixar escrito. Sentia, que escrever era bom para mim. 
E desenhar! Sempre adorei desenhar. Com a adolescência e a juventude fui deixando de desenhar. Comecei a tentar pintar e não me sentia bem. Não gostava do que pintava. Mas fazer os traços do desenho sempre amei. E, por isso, volta e meia faço um desenho em nanquim, uns bicos de pena da minha vida. Tá bom, um dia faço uma exposição, se tiver material suficiente...
Mas estava eu lá escrevendo. Por quê? Questão colocada.
Em prosa, sei que é por necessidade de me expressar. Necessidade de dizer o que faço por aqui neste mundo. Mas tenho um diferencial. Escrevo versos, faço Poesia. Por quê? 
Quando pequeno, decorava muitos poemas. Gostava de declamar. Depois fui deixando de memorizar. Mas sempre gostei de dizer poemas. Meus e de outros. E foi por aí que me dei conta de que escrevia poemas, fazia minha Poesia. Inicialmente escrevia por que sabia que as meninas gostavam. E, como quem gosta de menina quer agradá-las, fui testando minha criatividade nos versos. 
Meus poemas, a princípio, eram muito métricos, bastante formal. Aos poucos fui me livrando das amarras métricas. Bem lentamente. Tive a felicidade de contar com o apoio de gente como o Mestre Quintana, ainda no final da adolescência. Mas achava bem difícil fazer versos, com metáforas e sonoridade sem métrica. Ainda tenho poemas de há cinquenta anos. Em 1965 ou 1966 saíram num jornal estudantil do Colégio Júlio de Castilhos, de Porto Alegre, meus primeiros poemas publicados. Hoje já são vários livros só para a Poesia. E um para lançamento neste ano. Já são mais de 50 anos de Poesia publicada.
E minha Literatura segue. Em prosa tenho outros tantos textos, mas prosa literária são poucos livros. Algo de romance, de contos saíram por esses anos passados. Este ano ainda, com certeza, vamos lançar meu primeiro livro de crônicas.
Tenho ainda o desafio de um outro amigo de escrever uma biografia. Agora quero fazer. Já prolonguei faz muito. Mas isso é um livro mais planejado. Preciso de mais um tempinho. Aguardem!